‘Foi como se caísse uma bomba na casa’, desabafa filho de uma das vítimas fatais do tornado no PR

Filho relata morte do pai após tornado devastar casa no Paraná

Após o funeral de uma das vítimas do tornado que atingiu o Paraná, o relato do filho de José Gieteski, 83 anos, mostrou o horror vivido pela família durante a tragédia. O idoso morreu na sexta-feira, 7 de novembro, quando a casa em que estava com a esposa foi arremessada pela força do vento, deixando a comunidade em choque.

O filho, Antonio Gieteski, descreveu o tornado como uma verdadeira “bomba” que, em menos de dois minutos, destruiu tudo ao redor. “A casa dele foi arremessada uns 30 metros de distância […] Nesse impulso, ele foi junto e as madeiras caíram em cima”, contou Antonio, emocionado.

A esposa de José, mãe de Antonio, sobreviveu, mas foi lançada para o lado oposto e sofreu fraturas nas costelas, permanecendo internada em estado grave na UTI de Laranjeiras do Sul. O episódio trouxe à tona a violência extrema do tornado, classificado como EF3, com ventos de até 250 km/h, que destruiu 90% das residências de Rio Bonito do Iguaçu, matou seis pessoas e deixou mais de 750 feridos.

Antonio recordou o pai como um homem íntegro e dedicado. “Ele costumava dizer que eu era o braço direito dele […] mas ele era o resto [do corpo]. Se eu era o braço dele, ele era todo o resto para mim”, desabafou, emocionando familiares e amigos que acompanharam o velório realizado neste domingo, 9 de novembro.

O tornado transformou a cidade em um cenário de devastação, com ruas tomadas por destroços, árvores arrancadas e residências completamente destruídas. Equipes de resgate trabalharam incansavelmente para socorrer feridos e retirar pessoas de locais de risco, enfrentando a magnitude da destruição.

Moradores relataram momentos de pânico durante o fenômeno. Muitos viram suas casas, objetos e memórias serem arrastados pelo vento em questão de segundos, enquanto tentavam se proteger. A tragédia evidenciou a vulnerabilidade das comunidades a eventos climáticos extremos e a importância de protocolos de emergência.

As redes sociais foram tomadas por mensagens de solidariedade e apoio à família Gieteski e aos demais atingidos pelo tornado. Amigos e vizinhos compartilharam experiências, lembranças e palavras de conforto para aqueles que perderam parentes e bens em um instante.

Autoridades locais e estaduais seguem atuando na cidade, auxiliando famílias desabrigadas, reconstruindo estruturas essenciais e oferecendo apoio psicológico às vítimas. O episódio serve como um alerta para a força devastadora da natureza e para a necessidade de prevenção e preparo em regiões suscetíveis a fenômenos extremos.

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