Gordura no fígado: entenda os sintomas que esteatose hepática pode causar
A saúde do fígado é essencial para o bom funcionamento do organismo, mas muitas vezes é negligenciada. Doenças silenciosas podem se desenvolver sem que a pessoa perceba, e a falta de cuidados pode levar a complicações graves. Por isso, a atenção constante à saúde é fundamental para uma vida longa e equilibrada.
Um problema comum que afeta milhões de pessoas em todo o mundo é a esteatose hepática, também conhecida como acúmulo de gordura no fígado. Estima-se que cerca de 30% da população global seja afetada por essa condição. Compreender como a doença se desenvolve é um passo importante para preveni-la e tratá-la de maneira eficaz.
A esteatose hepática pode surgir de diferentes formas. Em alguns casos, está associada a outras condições de saúde que sobrecarregam o fígado, como obesidade, resistência à insulina ou doenças metabólicas. Na maioria das vezes, entretanto, o problema está relacionado a hábitos de vida pouco saudáveis, incluindo sedentarismo e consumo excessivo de alimentos ricos em gorduras e açúcares.
Quem sofre de acúmulo de gordura no fígado deve ficar atento a possíveis complicações, como colesterol elevado, hipertensão e diabetes tipo 2. Em muitos casos, a doença é detectada de forma incidental, durante exames de rotina, já que pode permanecer assintomática por longos períodos.
“Por não apresentar sintomas claros, muitas pessoas não procuram ajuda. É uma epidemia silenciosa que precisa ser enfrentada. Cerca de 25% dos pacientes com esteatose podem evoluir para hepatite gordurosa e, posteriormente, para fibrose ou cirrose”, alerta a dra. Bianca Della Guardia.
Em alguns casos, porém, a doença pode se manifestar com sinais sutis, como dificuldade para perder peso, dores de cabeça frequentes, inchaço abdominal, cansaço, fraqueza, falta de apetite e desconforto na parte superior direita do abdômen. Geralmente, esses sintomas aparecem apenas em estágios mais avançados, tornando ainda mais importante a detecção precoce.
O tratamento da esteatose hepática não envolve medicamentos, sendo baseado principalmente em mudanças no estilo de vida. Uma dieta equilibrada, rica em frutas, verduras, proteínas magras e grãos integrais, aliada à prática regular de exercícios físicos, é a estratégia mais eficaz para reduzir o acúmulo de gordura no fígado e prevenir complicações.
Além disso, evitar o consumo excessivo de álcool e manter o peso corporal dentro de limites saudáveis são medidas essenciais para proteger o fígado. Consultas regulares com profissionais de saúde ajudam a monitorar o órgão e identificar alterações precocemente, prevenindo progressões mais graves da doença.
Especialistas também destacam a importância da conscientização sobre a doença. Campanhas de informação e educação em saúde podem ajudar a população a reconhecer os fatores de risco e adotar hábitos mais saudáveis, transformando a prevenção em prioridade antes que sintomas apareçam.
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