Homem de 63 anos que morreu após ataque feroz de quatro pitbulls, tem identidade revelada
O sepultamento de Américo Sampaio, de 63 anos, ocorreu na última sexta-feira, 12 de setembro, e deixou a cidade de Minas do Leão (RS) em luto. O episódio reacendeu o debate sobre a convivência com cães da raça pitbull, que, embora possam ser animais carinhosos e leais, exigem atenção redobrada de seus tutores devido à força física e ao instinto de proteção.
A tragédia aconteceu quando Américo fazia a entrega de lenha na casa de uma idosa. No local, foi surpreendido por quatro pitbulls que avançaram contra ele. Familiares da moradora tentaram conter os animais com cabos de vassoura, conseguindo evitar que a situação fosse ainda mais grave. Mesmo assim, o idoso sofreu ferimentos profundos, e um dos cães acabou morrendo durante a tentativa de separação.
Socorrido em estado crítico, Américo foi levado ao Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, onde permaneceu cinco dias internado na UTI, em coma induzido. Apesar dos esforços médicos, ele não resistiu às complicações, incluindo uma infecção generalizada, e veio a falecer.
A tragédia mobilizou a comunidade de Minas do Leão. Moradores realizaram um protesto em frente à residência onde ocorreu o ataque, pendurando balões brancos em homenagem à vítima e pedindo justiça. O ato também serviu como alerta coletivo: a lembrança de que o ataque poderia ter atingido qualquer pessoa, inclusive crianças.
A Polícia Civil abriu investigação, e a Justiça determinou a apreensão dos três cães sobreviventes, que foram encaminhados ao canil da Penitenciária de Charqueadas. Familiares de Américo pediram que os tutores sejam responsabilizados, classificando o caso como homicídio.
Especialistas lembram que a criação de animais de grande porte, especialmente raças com histórico de força e comportamento territorial, demanda responsabilidade redobrada. A legislação brasileira prevê punições em casos de ataques, mas ainda há lacunas na fiscalização e na conscientização da população.
Esse tipo de ocorrência reforça a necessidade de políticas públicas mais eficazes, tanto para regulamentar a posse responsável de cães de grande porte quanto para incentivar programas de adestramento, socialização e campanhas de orientação. O objetivo é equilibrar o bem-estar dos animais com a proteção da comunidade.
A morte de Américo gerou comoção e abriu espaço para reflexões mais amplas sobre segurança, responsabilidade e empatia. Afinal, quando há cuidado, treinamento adequado e respeito às características de cada raça, a convivência entre pessoas e cães pode ser harmoniosa e segura.
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