Homem que matou namorada por causa de senha do celular é condenado
O crime deixou familiares e amigos devastados. Um estudante de medicina foi condenado a 25 anos de prisão pelo assassinato brutal da namorada, ocorrido em março de 2024, na cidade de Timisoara, na Romênia.
Mirel Dragomir, de 25 anos, foi responsabilizado pela morte de Andreea Morega, de 21 anos, também estudante de medicina. De acordo com a Justiça, ele desferiu 51 golpes de faca contra a jovem, motivado por um episódio de ciúmes após uma discussão envolvendo o celular da vítima.
Segundo as investigações, o crime aconteceu quando Andreea passou pelo apartamento do namorado antes de viajar para visitar os pais. Durante o encontro, Mirel passou a exigir que a jovem revelasse a senha do telefone, alegando suspeitas sobre com quem ela estaria se comunicando.
Diante da recusa de Andreea, a discussão se intensificou e culminou em um ataque extremamente violento. Mirel utilizou uma faca e atingiu principalmente as regiões do pescoço e do peito. A agressão foi tão intensa que a lâmina chegou a se quebrar, mas, mesmo assim, ele continuou o ataque utilizando outra faca.
A brutalidade do crime chocou a população local e gerou grande repercussão na mídia romena e internacional. Após cometer o homicídio, o agressor fugiu do local, sendo capturado horas depois em uma área próxima ao apartamento.
Durante o julgamento, a defesa tentou reduzir a pena ao argumentar que a vítima poderia ter morrido nos primeiros golpes, o que afastaria o agravante de crueldade. No entanto, o júri rejeitou a tese, entendendo que a violência foi excessiva, prolongada e demonstrou extrema intenção de matar.
A sentença foi considerada exemplar por autoridades e organizações de defesa dos direitos das mulheres, sendo vista como um posicionamento firme contra crimes motivados por ciúmes, controle e possessividade, características comuns em relacionamentos abusivos.
O caso reacendeu debates na Romênia sobre violência de gênero, controle emocional e sinais de alerta em relações íntimas, especialmente entre jovens casais.
Especialistas ressaltam que comportamentos como vigilância excessiva, exigência de senhas e desconfiança constante não são demonstrações de amor, mas sinais claros de abuso psicológico que podem evoluir para violência física.
A condenação reforça a importância de políticas de prevenção, educação emocional e conscientização social para identificar e interromper ciclos de violência antes que resultem em tragédias irreversíveis.
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