Identificadas mãe e filha que morreram envenenadas por um pedaço de bolo de aniversário

Caso de intoxicação após festa de aniversário deixa duas pessoas mortas em São Paulo; polícia investiga envenenamento

O caso chocante segue sob investigação das autoridades paulistas. Eventos aparentemente rotineiros podem esconder consequências inesperadas e dolorosas, como demonstra esta tragédia familiar ocorrida na zona sul de São Paulo. Uma simples comemoração de aniversário, marcada pela alegria do reencontro entre familiares e amigos, terminou de forma devastadora, com duas mortes confirmadas e uma sobrevivente em estado delicado.

Durante a festa, realizada no bairro do Ipiranga, o clima era de descontração. Convidados comeram, brindaram e se despediram sem qualquer intercorrência. Contudo, um pedaço de bolo separado para ser entregue no dia seguinte mudaria completamente o destino de uma família.

O doce foi levado à senhora Ana Maria de Jesus, de 52 anos, que não pôde comparecer à celebração por motivos profissionais. O pedaço foi entregue por um sobrinho, a pedido de sua filha, Larissa de Jesus Castilho, de 21 anos. Ana Maria consumiu o bolo horas depois de recebê-lo e, em seguida, começou a se sentir mal.

A mulher foi socorrida por familiares e encaminhada a um hospital, onde permaneceu internada sob observação. No dia seguinte, Larissa e uma adolescente de 16 anos, também parentes próximas, foram até a casa da mãe e comeram o restante do doce. Poucas horas depois, ambas passaram a apresentar os mesmos sintomas de intoxicação.

Larissa, infelizmente, não resistiu, mesmo após receber atendimento médico emergencial. A adolescente sobreviveu por ter ingerido uma quantidade menor do alimento. Ana Maria chegou a receber alta após alguns dias, mas o quadro de saúde voltou a se agravar. Internações sucessivas culminaram em sua morte, posteriormente confirmada pela perícia como intoxicação por substância tóxica.

O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) assumiu o caso, tratando o episódio como duplo homicídio e tentativa de homicídio. Investigadores colhem depoimentos de familiares e analisam o trajeto do alimento até a vítima, buscando identificar em que momento o doce pode ter sido contaminado.

Fontes ligadas à investigação afirmam que o bolo foi recolhido e enviado para análise toxicológica no Instituto de Criminalística. A perícia busca identificar a presença de venenos ou substâncias químicas capazes de provocar os sintomas relatados. Amostras de sangue das vítimas também estão sendo examinadas para confirmar o agente causador da morte.

Vizinhos relataram que a família era conhecida pela união e convivência tranquila. A notícia das mortes gerou comoção na comunidade, que ainda tenta entender como uma celebração simples pôde se transformar em tragédia. “Elas eram muito queridas, ninguém imagina algo assim acontecendo com pessoas tão próximas”, disse uma moradora da região.

 Especialistas em segurança alimentar ressaltam que casos como esse são extremamente raros, mas alertam para a importância de cautela ao armazenar e consumir alimentos após longos períodos, especialmente quando manipulados fora de casa. A temperatura ambiente, o tempo de conservação e o contato com embalagens inadequadas podem alterar a composição dos produtos e potencializar riscos.

O episódio também levanta reflexões sobre a fragilidade dos laços de confiança e o impacto psicológico que crimes desse tipo causam nas famílias. Para os investigadores, compreender o motivo por trás do envenenamento é fundamental para dar respostas à sociedade e à família das vítimas. Enquanto isso, o bairro do Ipiranga tenta se recompor do choque, e a comunidade aguarda com expectativa os resultados da perícia e as conclusões do inquérito.

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