Identificado instrutor de robótica que morreu em colisão na BR-470 em SC

Acidente aconteceu na manhã de terça, dia 25 de novembro

Os graves acidentes nas rodovias brasileiras continuam chamando atenção não apenas pelos números, mas pelas histórias marcantes que deixam para trás. A BR-470, conhecida como uma das estradas mais perigosas de Santa Catarina, voltou a ser cenário de uma tragédia que reforça a urgência por mais segurança viária.

Na manhã de terça-feira, 25 de novembro, um acidente em Ibirama, no Alto Vale do Itajaí, tirou a vida de Daniel Rudolf, de 43 anos, um homem amplamente lembrado por sua dedicação, profissionalismo e generosidade.

A colisão ocorreu por volta das 11h20, no quilômetro 121 da Serra São Miguel, envolvendo um Renault Clio conduzido por Daniel e uma carreta com placas de Vacaria (RS).

O impacto foi tão intenso que ambos os veículos foram arremessados para ribanceiras opostas. O caminhão desceu aproximadamente 20 metros, enquanto o automóvel caiu entre 10 e 12 metros do outro lado da pista. O motorista da carreta, de 30 anos, escapou ileso e dispensou atendimento médico.

Natural de Ibirama, Daniel atuava como instrutor de robótica na Escola Básica Adriano Mosimann. Apaixonado por tecnologia e educação, ele também integrava a equipe Fitti Drivers, voltada à formação de jovens competidores de robótica.

Após o acidente, o grupo divulgou uma nota emocionante anunciando a desistência da temporada como forma de homenagem ao colega. “Ele marcou cada um de nós com sua generosidade e entusiasmo. Seu legado permanecerá em cada aluno que ele inspirou”, destacou o comunicado.

O corpo de Daniel será sepultado no Cemitério Municipal de Ibirama nesta quarta-feira, 26 de novembro. A ocorrência mobilizou bombeiros voluntários, o SAMU e a Polícia Rodoviária Federal, que precisaram interditar a via por quase duas horas para resgate, retirada dos veículos e procedimentos periciais.

A perda de Daniel reforça o alerta sobre a necessidade de prudência e de melhorias estruturais nas rodovias catarinenses — locais que, com frequência, testemunham histórias interrompidas de forma abrupta e precoce.