Identificado o filho que tirou a vida da própria mãe em SP para conseguir acessar à conta bancária dela
Na região de São Paulo, um caso chocante veio à tona quando um filho tirou a vida da própria mãe com o objetivo de acessar a conta bancária dela. Novas informações foram divulgadas após o crime, que envolveu matricídio e tentativa de ocultação de provas. O estudante de Direito Maurício Gonçalves Garcia, de 28 anos, foi preso no último sábado, 22 de novembro, na capital paulista.
Segundo a Polícia Civil, Maurício confessou ter provocado a morte da mãe, a professora aposentada Eliana Roschel, de 61 anos. De acordo com os investigadores, o suspeito admitiu ter tentado usar os dados pessoais da vítima para acessar informações financeiras após o crime.
A prisão ocorreu depois que Maurício assaltou um posto de combustíveis, levantando novas suspeitas sobre seu comportamento. Em depoimento, ele afirmou que a morte ocorreu após uma discussão na casa da família, no bairro de Parelheiros. Ele contou que a mãe caiu e ficou desacordada após ser empurrada.
Após o ocorrido, segundo relato do próprio acusado, ele deixou a residência e retornou dois dias depois, quando encontrou a mãe sem vida. A partir disso, tentou ocultar o crime e utilizou o celular dela para acessar informações pessoais e financeiras.
Ainda de acordo com a investigação, Maurício colocou o corpo da mãe no carro dela e o abandonou em uma área isolada. As autoridades descobriram que o crime havia ocorrido no dia 10 de novembro e que o suspeito passou cerca de dez dias respondendo mensagens no celular da vítima, tentando fazer com que familiares acreditassem que ela estava viva.
Parentes relataram às autoridades que, dois anos antes, o estudante já havia agredido a mãe, episódio que não foi denunciado pela vítima na época. Isso levantou a possibilidade de que o caso atual pudesse estar relacionado a um histórico de violência doméstica.
Maurício foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) do Cambuci. A Justiça determinou sua prisão temporária por 30 dias, enquanto os investigadores avaliam se houve premeditação e outros agravantes no assassinato da professora aposentada.
A repercussão do caso levantou debates sobre a importância de denunciar sinais de violência intrafamiliar. Especialistas destacam que muitas vítimas evitam procurar ajuda por medo, dependência emocional ou financeira, o que pode resultar em situações extremas como esta. Autoridades reforçam que qualquer indício de agressão deve ser comunicado às instituições responsáveis para evitar desdobramentos trágicos.
O episódio também reacendeu discussões sobre o papel do sistema educacional e comunitário na identificação de comportamentos de risco entre jovens e adultos. Professores, colegas e vizinhos podem desempenhar um papel fundamental ao observar mudanças bruscas de comportamento ou indícios de instabilidade emocional, encaminhando essas pessoas para apoio psicológico antes que situações críticas ocorram.
Por fim, o caso mobilizou movimentos sociais e entidades de proteção à mulher, que demonstraram solidariedade à família de Eliana Roschel. Organizações reforçam a necessidade de políticas públicas mais eficientes no combate à violência doméstica, incluindo campanhas de conscientização, ampliação da rede de apoio e melhorias no atendimento às vítimas em situação de vulnerabilidade.
Deixe um comentário