Laudo revela qual foi a causa de morte de jovem modelo e sua filha no RJ; elas foram encontradas na casa em que moravam
Um laudo pericial trouxe novos detalhes sobre o que teria causado a morte da modelo Lidiane Aline Lorenço, de 33 anos, e de sua filha, Miana Sophya Santos, de 15. Após semanas de mistério e especulações, a perícia finalmente confirmou a causa das mortes, revelada nesta sexta-feira, 24 de outubro.
Segundo o laudo oficial, mãe e filha morreram por intoxicação por monóxido de carbono, um gás tóxico, inodoro e letal em altas concentrações. O resultado confirmou a principal suspeita da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que desde o início trabalhava com a hipótese de um vazamento de gás no apartamento da família, localizado na Barra da Tijuca.
A perícia constatou irregularidades nas instalações de gás do imóvel, o que teria provocado o vazamento responsável pela tragédia. O monóxido de carbono impede que o corpo receba oxigênio suficiente, levando à perda de consciência e à morte em poucos minutos. Por ser um gás imperceptível, a intoxicação geralmente ocorre de forma silenciosa, sem dar tempo de reação às vítimas.
A descoberta dos corpos aconteceu no dia 10 de outubro, quando vizinhos perceberam um forte odor vindo do apartamento e acionaram os bombeiros. As equipes precisaram arrombar a porta para entrar e encontraram mãe e filha já sem vida, em cômodos diferentes do imóvel. Nenhum sinal de violência foi identificado no local, o que reforçou a hipótese de um acidente doméstico.
O caso gerou grande comoção nas redes sociais e entre amigos da modelo, que era natural de Santa Cecília, em Santa Catarina. Além de sua carreira no mundo da moda, Lidiane também cursava medicina e era conhecida pelo carisma e determinação. Miana havia se mudado recentemente para o Rio de Janeiro para viver com a mãe e iniciar uma nova fase da vida.
A tragédia levantou um alerta importante sobre os riscos invisíveis do monóxido de carbono. Especialistas reforçam a necessidade de manutenção regular das instalações de gás e de ventilação adequada em ambientes fechados, principalmente em apartamentos. O uso de detectores de gás também é recomendado para prevenir acidentes semelhantes.
Nos últimos anos, casos de intoxicação por monóxido de carbono têm sido registrados em várias partes do país, muitas vezes relacionados a aquecedores de água ou fogões mal instalados. Autoridades e engenheiros alertam que, apesar de parecer um problema simples, a má instalação desses equipamentos representa uma ameaça real à vida.
A Polícia Civil segue com as investigações para apurar responsabilidades e determinar se houve negligência por parte da empresa responsável pela instalação do sistema de gás. O resultado do laudo deverá embasar as próximas etapas do inquérito e possíveis medidas judiciais.
Enquanto isso, familiares e amigos de Lidiane e Miana continuam em luto, prestando homenagens nas redes sociais e em cerimônias realizadas em Santa Catarina e no Rio de Janeiro. A dor pela perda repentina das duas é acompanhada por um sentimento de alerta coletivo, reforçando a importância de prevenir tragédias que poderiam ser evitadas com atenção e cuidado.
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