Mãe é suspeita de tirar a vida da própria filha por motivo surreal, diz polícia

Mãe confessa assassinato da filha de 7 anos e choca comunidade de Leopoldina

Um crime brutal comoveu a cidade de Leopoldina, na Zona da Mata mineira, na manhã desta terça-feira, 1º de julho. Uma mulher de 31 anos foi presa em flagrante após confessar o assassinato da própria filha, uma menina de apenas sete anos. O caso, que escancarou sinais de sofrimento psicológico não tratados, mobilizou autoridades locais e gerou comoção na população.

De acordo com informações da Polícia Militar, a mulher relatou ter dopado a filha com um ansiolítico antes de asfixiá-la e desferir golpes contra a criança. A vítima ainda foi levada com vida pelo avô até uma unidade de saúde, mas não resistiu aos ferimentos. Após o crime, a mãe tentou tirar a própria vida e foi socorrida por uma equipe do Samu. Ela permanece internada, sob escolta policial, no mesmo hospital onde a filha foi atendida.

Relatos do pai da menina indicam que ele recebeu mensagens da ex-companheira ameaçando a vida da criança, mas, quando procurou ajuda, o crime já havia sido consumado. Em outro momento perturbador, segundo ele, a mulher fez a filha repetir uma frase enigmática sobre “ir para o mundo de Neves” — uma declaração cuja origem e significado ainda estão sendo apurados pelas autoridades.

Durante a perícia, foram recolhidas a faca utilizada no crime, o celular da suspeita, embalagens de medicamentos e uma carta escrita à mão, que pode conter informações importantes sobre as motivações do ato. Testemunhas afirmaram que, logo após o assassinato, a mulher teria publicado mensagens de despedida nas redes sociais, o que pode indicar premeditação.

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A suspeita principal, segundo a Polícia Militar, é que o crime tenha sido motivado pela não aceitação do fim do relacionamento com o pai da menina. A residência da família foi isolada para a realização do trabalho pericial, e o corpo da criança foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Leopoldina. A Polícia Civil está à frente das investigações, que deverão incluir laudos psiquiátricos e análise de histórico familiar.

A tragédia escancarou não apenas a gravidade do crime, mas também falhas no suporte institucional para pessoas em sofrimento psíquico. Vizinhos relataram mudanças recentes no comportamento da mulher, incluindo sinais de isolamento e crises emocionais. No entanto, nenhum encaminhamento profissional foi feito até o ocorrido, levantando questionamentos sobre a rede de apoio à saúde mental na cidade.

A Escola Municipal Botelho Reis, onde a criança estudava, suspendeu as aulas em sinal de luto. Em nota publicada nas redes sociais, a direção expressou profundo pesar e prestou solidariedade aos familiares e colegas da vítima. Psicólogos escolares foram acionados para oferecer acolhimento aos estudantes, professores e funcionários.

O caso gerou indignação e uma onda de comoção entre os moradores de Leopoldina. Para muitos, a tragédia reforça a necessidade urgente de políticas públicas mais eficazes no acompanhamento de famílias em situação de vulnerabilidade emocional e social. A proteção da infância, a identificação de sinais de alerta e o cuidado com a saúde mental devem ser tratados como prioridade — não apenas após a tragédia, mas para evitá-la.

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