Marido diz que tirou a vida da própria esposa em GO para acabar com o sofrimento dela devido a doença
Um homem confessou ter tirado a vida da própria esposa e afirmou ter agido “para acabar com o sofrimento” da companheira, que estava doente. As investigações agora buscam esclarecer todos os detalhes dessa tragédia.
Após um episódio que abalou a tranquilidade da cidade de Quirinópolis (GO), um homem foi preso no último domingo, 5 de outubro, acusado de assassinar a esposa, de 49 anos. Em depoimento, ele admitiu o crime e alegou que sua intenção era encerrar a dor que a mulher enfrentava em decorrência de problemas de saúde.
De acordo com a Polícia Militar de Goiás (PMGO), que atendeu à ocorrência, a vítima, identificada como Cléria Rosa de Moraes, foi encontrada morta dentro da casa onde morava com o marido. O suspeito, cujo nome não foi revelado, estava na calçada em frente à residência, coberto de sangue, e foi preso em flagrante pelo crime de feminicídio.
Segundo informações repassadas pelas autoridades, após cometer o ato, o homem procurou uma vizinha para confessar o que havia feito. Assustada, a mulher acionou imediatamente a polícia, que se dirigiu ao local e efetuou a prisão.
Em nota, a Procuradoria da Mulher de Quirinópolis confirmou que Cléria enfrentava problemas de saúde, e há suspeitas de que ela teria sequelas de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Apesar da justificativa apresentada pelo marido, o crime é investigado como feminicídio, e a alegação de “ato de compaixão” não afasta a gravidade do ocorrido.
No momento da detenção, o suspeito aparentava estar sob efeito de álcool ou entorpecentes, segundo relato dos policiais. Ele demonstrava tranquilidade e não tentou resistir à prisão, o que reforçou a perplexidade das autoridades diante do caso.
A tragédia causou forte comoção entre vizinhos e moradores da região, que descrevem o casal como pessoas reservadas, mas aparentemente pacíficas. Muitos afirmaram nunca ter presenciado discussões graves entre eles, o que aumentou o impacto da notícia na comunidade.
Organizações locais e grupos de apoio às mulheres emitiram notas de repúdio, lembrando que, independentemente das circunstâncias, nenhum sofrimento justifica a violência. As entidades também reforçaram a importância da denúncia e da busca por ajuda profissional em casos de doença mental ou situações de desespero familiar.
A Polícia Civil de Goiás segue conduzindo as investigações para esclarecer os detalhes do crime, enquanto o suspeito permanece preso. A expectativa é de que, nos próximos dias, novos laudos e depoimentos tragam à tona mais informações sobre o que motivou o ato e o estado emocional do autor no momento do assassinato.
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