Marido tira a vida da própria mulher com chicotadas, manda áudio para vizinha e ainda atenta contra si em MG
Feminicídio seguido de suicídio choca cidade de Senhora dos Remédios, em Minas Gerais
Uma tragédia abalou a pacata comunidade de Senhora dos Remédios, na região do Campo das Vertentes, em Minas Gerais. Na noite de domingo, 20 de abril de 2025, um homem de 50 anos tirou a vida de sua companheira, de 43 anos, em um brutal caso de feminicídio. Em seguida, ele cometeu suicídio, deixando a cidade mergulhada em tristeza e perplexidade.
Segundo a Polícia Militar, o crime ocorreu na casa do casal, localizada no Povoado dos Cunhas. A mulher foi agredida com golpes de um chicote de madeira, sofrendo ferimentos graves e tendo o rosto desfigurado. Apesar de ter sido socorrida e encaminhada para uma unidade de saúde local — e, posteriormente, transferida para outro hospital — ela não resistiu e faleceu na madrugada de segunda-feira, 21 de abril.
O autor do crime foi encontrado sem vida na copa da residência. Antes de cometer o suicídio, ele enviou um áudio a uma vizinha, confessando o ato violento e anunciando sua intenção de também tirar a própria vida. Foi essa vizinha quem acionou a polícia, que ao chegar encontrou marcas de sangue e o instrumento utilizado na agressão.
O filho do casal, uma criança de apenas 7 anos, estava na casa no momento da tragédia. O Conselho Tutelar foi acionado para garantir o acolhimento e apoio psicológico necessário ao menor, que agora enfrenta um luto traumático e repentino.
As investigações continuam para esclarecer detalhes sobre as circunstâncias e motivações do crime. Até o momento, as identidades das vítimas não foram oficialmente divulgadas. A comunidade, ainda em choque, se mobiliza em solidariedade à família e principalmente ao menino que perdeu os pais de maneira tão devastadora.
Este caso reforça a gravidade da violência de gênero no Brasil, onde feminicídios seguem ocorrendo com frequência alarmante. Muitos desses crimes são cometidos dentro do próprio lar, tornando ainda mais urgente a implementação de políticas públicas que ampliem a proteção das mulheres e facilitem o acesso a redes de apoio.
Especialistas apontam que sinais de violência doméstica muitas vezes são silenciosos, mas não invisíveis. A denúncia é uma ferramenta fundamental para romper esse ciclo, e canais como o 180 estão disponíveis para mulheres que vivem em situações de risco. Combater o feminicídio é responsabilidade de toda a sociedade — por meio da educação, da vigilância e, principalmente, do acolhimento.
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