Menino de 7 anos, perde a vida após comer ovo de Páscoa envenenado em MA

Menino de 7 anos morre após consumir ovo de Páscoa envenenado em Imperatriz (MA)

Um episódio chocante abalou a cidade de Imperatriz, no Maranhão, e ganhou repercussão nacional. Na madrugada de quinta-feira, 17 de abril, o pequeno Luís Fernando Rocha Silva, de apenas 7 anos, faleceu após ingerir um ovo de Páscoa supostamente envenenado. O presente foi entregue à família na noite anterior por um motoboy anônimo.

Além da morte da criança, a tragédia deixou a mãe, Mirian Lira, de 32 anos, e a filha mais velha, Evelyn Fernanda, de 13 anos, em estado grave. Ambas estão internadas na UTI do Hospital Municipal de Imperatriz, lutando pela vida após também consumirem o chocolate contaminado.

De acordo com informações repassadas pela polícia, o ovo de Páscoa chegou à residência da família acompanhado de um bilhete: “Com amor, para Mirian Lira. Feliz Páscoa”. Não havia identificação do remetente, e o entregador afirmou apenas estar cumprindo uma solicitação de entrega.

Luís Fernando foi o primeiro a apresentar sintomas de intoxicação e chegou a ser levado ao hospital, mas não resistiu. Horas depois, Mirian e Evelyn também começaram a passar mal e foram socorridas às pressas. As amostras do doce foram encaminhadas ao Instituto de Criminalística da cidade, que deve divulgar os resultados da perícia nos próximos dias.

As investigações apontaram rapidamente uma suspeita: Jordélia Pereira Barbosa, ex-namorada do atual companheiro de Mirian, foi presa em Santa Inês durante uma operação coordenada entre as polícias locais. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que Jordélia adquire o ovo de Páscoa, reforçando a suspeita de envolvimento direto no crime.

O caso ganhou contornos ainda mais perturbadores pela forma como foi executado. Um símbolo da celebração, afeto e inocência infantil foi transformado em uma arma silenciosa, ceifando a vida de uma criança e ameaçando a de sua família. A frieza do gesto causou indignação em todo o país e reacendeu debates sobre violência motivada por ciúmes e vingança.

Especialistas em psicologia criminal destacam que esse tipo de crime, embora raro, revela traços de premeditação e desprezo absoluto pela vida humana, especialmente por envolver vítimas inocentes. O uso de um objeto lúdico e tradicional como o ovo de Páscoa torna o ato ainda mais simbólico e cruel, com profundo impacto psicológico nos sobreviventes e na comunidade.

Enquanto a polícia segue colhendo depoimentos e analisando provas, cresce a mobilização nas redes sociais em apoio à família. Grupos locais organizam correntes de oração pela recuperação de Mirian e Evelyn, além de campanhas por justiça para Luís Fernando, cuja história tocou o país de forma comovente.

A defesa de Jordélia ainda não se pronunciou oficialmente. O caso segue em investigação.