Morre mulher que foi atropelada e arrastada, perdendo ambas as pernas; mãe da vítima pediu por Justiça

A vítima foi arrastada por mais de um quilômetro. Na noite desta quarta-feira, 24 de dezembro, o Hospital das Clínicas confirmou a morte de Tainara Souza Santos, de 30 anos. A jovem não resistiu às graves complicações causadas por um ataque brutal cometido pelo ex-companheiro, que não aceitava o fim do relacionamento.

O caso ganhou repercussão nacional devido ao nível extremo de violência. Tainara foi atropelada e arrastada por mais de 1 km na Marginal Tietê, em São Paulo. O ataque só foi interrompido após a reação de testemunhas, que conseguiram forçar o agressor a parar o veículo.

Socorrida em estado gravíssimo, Tainara passou por diversos procedimentos médicos, incluindo a amputação das duas pernas. Ela permaneceu internada na UTI, lutando pela vida desde o dia do crime. Nesta semana, precisou passar por uma nova cirurgia para possibilitar a reconstrução dos glúteos, mas não resistiu às complicações.

Segundo informações repassadas pela família, a causa da morte foi falência múltipla dos órgãos. Em uma mensagem emocionada, a mãe da vítima lamentou a perda da filha. “É com muita dor que venho avisar que nossa guerreirinha, a Tay, nos deixou. Agradeço todas as mensagens de oração, carinho e amor”, escreveu.

“Ela acabou de partir desse mundo cruel e agora está com Deus. A dor é enorme, mas pelo menos o sofrimento terminou. Agora é pedir por justiça”, completou a mãe, expressando o sentimento da família diante da tragédia.

O autor do crime foi identificado como Douglas Alves da Silva, de 26 anos, que está preso. De acordo com as investigações, ele estava no mesmo evento que Tainara e demonstrou ciúmes ao vê-la conversando com outro homem. Tomado pela inconformidade, acelerou o carro propositalmente contra a vítima e seguiu dirigindo mesmo após perceber que algo estava preso ao veículo.

A intencionalidade do ataque foi confirmada por um amigo do agressor, que estava no carro no momento do crime e presenciou toda a ação. O testemunho reforça a acusação de feminicídio, crime caracterizado pela motivação ligada à condição de gênero da vítima.

O caso escancara mais uma vez a brutalidade da violência contra a mulher e a dificuldade de romper ciclos de relacionamentos abusivos. Especialistas alertam que comportamentos possessivos e ameaças anteriores costumam anteceder crimes dessa natureza.

A morte de Tainara gerou forte comoção nas redes sociais e reacendeu o debate sobre a urgência de políticas públicas mais eficazes no combate ao feminicídio. Familiares, amigos e movimentos sociais cobram punição exemplar ao responsável.

Enquanto a Justiça segue com os trâmites legais, a história de Tainara se soma a tantas outras que evidenciam a gravidade da violência doméstica no país. O caso deixa um alerta doloroso e reforça a necessidade de denúncia, proteção às vítimas e prevenção para que novas tragédias sejam evitadas.

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