Morte de menina de 8 anos na Região Serrana do RJ, gera revolta e deixa família abalada
Morte de criança em Lumiar gera comoção e protestos por melhorias na saúde
A morte de uma menina de 8 anos no distrito de Lumiar, em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio de Janeiro, provocou comoção entre moradores e desencadeou protestos contra as condições precárias do atendimento médico na região. O caso está sob investigação pelas autoridades locais.
A criança, Isadora, apresentou sintomas como febre e tosse na madrugada de sexta-feira (12) e foi levada pela família à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Conselheiro Paulino, a cerca de 30 quilômetros de Lumiar. Apesar do quadro preocupante, ela foi medicada e liberada em duas ocasiões, sem necessidade de internação, com diagnóstico inicial de pneumonia leve, bronquite e sinusite. Foram prescritos corticosteroides, broncodilatadores como Aerolin e antibióticos.
Segundo relatos da mãe, o estado de saúde da menina piorou progressivamente, mesmo com a administração correta da medicação. No sábado, após apresentar manchas na pele, hipotermia e outros sinais de agravamento, Isadora retornou à UPA. Embora o médico tenha ajustado a medicação, a criança foi novamente liberada. Ao chegar em Lumiar, ela entrou em colapso, e a família, sem acesso imediato a atendimento de emergência, não conseguiu reanimá-la. A ambulância disponível estava fora de operação, e não havia posto de saúde na localidade.
A prefeitura aguarda o laudo do Instituto Médico Legal (IML) para esclarecer as circunstâncias da morte e definir as medidas necessárias. Enquanto isso, moradores organizaram protestos na praça central de Lumiar, exigindo melhorias na infraestrutura de saúde e a reativação dos serviços de emergência.
O episódio evidencia a fragilidade do sistema de atendimento em regiões mais afastadas dos centros urbanos, especialmente em relação à disponibilidade de transporte e acesso rápido a socorro médico. A comunidade local reivindica que investimentos urgentes sejam feitos para garantir atendimento digno e contínuo.
Especialistas em saúde pública apontam que casos como o de Isadora reforçam a necessidade de descentralizar os serviços de urgência, garantindo que localidades remotas tenham médicos, ambulâncias e equipamentos adequados. A falta de estrutura adequada aumenta drasticamente os riscos para crianças, idosos e pessoas em estado crítico.
Além disso, o episódio levanta discussões sobre protocolos médicos e acompanhamento pós-consulta, sobretudo em situações onde sintomas persistem ou se agravam. O aprimoramento desses processos poderia salvar vidas e reduzir a mortalidade evitável em regiões afastadas.
Enquanto as investigações seguem, a comunidade de Lumiar permanece mobilizada, pedindo respostas rápidas e melhorias efetivas. O caso serve como alerta sobre as consequências da negligência estrutural e da necessidade de políticas públicas que priorizem a segurança e o bem-estar das populações mais vulneráveis.
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