Mulher agredida em elevador, que morreu ao cair do 10º andar, deixa filha pequena

Uma mulher morreu pouco depois de ser arrancada à força de um elevador. Na noite da última terça-feira (09/12), vídeos que circulam nas redes sociais passaram a mostrar os últimos momentos de vida de Maria Katiane da Silva, de 25 anos. A jovem foi brutalmente agredida pelo então marido e morreu após cair do 10º andar do prédio onde o casal morava.

O crime ocorreu no dia 29 de novembro, mas só ganhou repercussão nacional após a divulgação das imagens e a prisão de Alex Leandro Bispo dos Santos, de 40 anos. Inicialmente, o caso chegou a ser investigado como um possível suicídio, mas o avanço das apurações revelou um cenário completamente diferente.

Maria Katiane residia em São Paulo, mas era natural do município de Crateús, no interior do Ceará. Ela deixa uma filha, que permanece morando no interior cearense. Nas redes sociais, a escola onde a criança estuda publicou uma nota de pesar, lamentando a morte da jovem e prestando solidariedade à família.

Nas plataformas digitais, Maria era bastante ativa e compartilhava conteúdos relacionados a viagens, humor e autocuidado. Seus vídeos mostravam a rotina de exercícios físicos, além de dicas de cabelo e maquiagem, o que lhe rendia interação constante com seguidores.

Também por meio das redes sociais, familiares da vítima passaram a cobrar justiça. Uma tia de Maria publicou uma mensagem de desabafo acompanhada de uma foto da jovem. “Ela não pode mais falar, pois sua voz foi calada por um homem que dizia amá-la. O que existia ali era um sentimento de posse, um sentimento doentio”, escreveu.

As investigações passaram a apontar o companheiro como principal suspeito. Vizinhos acionaram a polícia logo após a queda de Maria. Ao chegarem ao local, agentes da Polícia Militar e socorristas do Samu encontraram Alex abraçado ao corpo da vítima, alegando que ela teria se jogado.

Entretanto, imagens de câmeras de segurança e depoimentos revelaram uma sequência de agressões momentos antes da morte. De acordo com a polícia, Maria foi espancada por cerca de cinco minutos, desde o estacionamento do prédio até o momento em que foi retirada à força do elevador.

As imagens analisadas pelos investigadores foram decisivas para a mudança no rumo do inquérito, demonstrando que a vítima tentou resistir às agressões e que não houve qualquer indício de ato voluntário por parte da jovem.


O suspeito foi preso e permanece à disposição da Justiça. O caso passou a ser tratado como feminicídio, reforçando o alerta das autoridades sobre a gravidade da violência doméstica e a necessidade de denúncias em situações de risco.


A morte de Maria Katiane causou forte comoção nas redes sociais e reacendeu o debate sobre a proteção de mulheres em relacionamentos abusivos, além da importância de mecanismos de apoio para vítimas que enfrentam ciclos de violência dentro do próprio lar.

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