Mulher de 34 anos vai ao dentista para extração dentária e o pior acaba por acontecer

Tragédia em Macaíba: mulher morre após procedimento odontológico e demora no socorro revolta a comunidade

Um procedimento odontológico de rotina terminou em tragédia na cidade de Macaíba, no Rio Grande do Norte. Na manhã da última segunda-feira, 26 de maio, uma mulher de 34 anos morreu após passar mal durante uma extração dentária realizada na Unidade Básica de Saúde (UBS) Campestre. O caso gerou forte comoção e revolta na população local, que agora questiona a eficiência do atendimento de urgência no município.

A paciente, que era acompanhada regularmente na unidade e já havia se submetido a outros procedimentos anteriormente, começou a apresentar complicações graves durante o atendimento. A médica da UBS prestou os primeiros socorros ainda no local, mas o quadro clínico se agravou rapidamente.

O que mais revoltou os familiares e moradores da região foi a resposta falha do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). De acordo com testemunhas, a ambulância foi acionada três vezes e, mesmo diante da gravidade da situação, não chegou à unidade para realizar o socorro.

Diante da ausência do Samu, a equipe da UBS teve que improvisar: com o apoio da prefeitura, transportou a paciente em um carro oficial até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Nova Esperança, no município vizinho de Parnamirim. Infelizmente, ela chegou ao local já em parada cardiorrespiratória e sem sinais vitais. Todos os esforços para reanimá-la foram em vão.

A prefeitura de Macaíba informou que a paciente não possuía comorbidades conhecidas e lamentou profundamente o ocorrido. O corpo foi encaminhado ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO) em Natal, onde será submetido a exames para esclarecer as causas exatas da morte. O caso segue sob investigação.

O episódio expõe a fragilidade do sistema de saúde pública em situações de emergência, especialmente em regiões que dependem da integração eficiente entre unidades básicas e serviços de pronto atendimento. Quando cada minuto pode representar a diferença entre a vida e a morte, a falha na resposta do Samu se mostra inaceitável.

Além da dor da perda, os familiares da vítima agora enfrentam a frustração de saber que talvez a tragédia pudesse ter sido evitada com uma resposta mais ágil. O sentimento de abandono por parte do sistema público de saúde é compartilhado por muitos moradores da cidade, que relatam dificuldades recorrentes em obter atendimento emergencial.

É essencial que o caso seja investigado com transparência e que eventuais responsabilidades sejam apuradas. Mais do que lamentar, é preciso agir para garantir que tragédias como essa não se repitam. A dor de uma família não pode ser esquecida nem silenciada diante da burocracia ou negligência institucional.

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