Mulher é detida por agressões contra o filho de 14 anos também é acusada de obrigar a filha adolescente a se prostituir
Menino de 14 anos é resgatado após sofrer tortura da mãe no DF
Um crime de extrema violência foi descoberto após um adolescente conseguir fugir de casa e buscar ajuda de familiares. Na última quinta-feira (25/09), a Polícia do Distrito Federal realizou a prisão em flagrante de uma mulher de 43 anos acusada de tortura contra o próprio filho, que era mantido em cativeiro dentro da residência.
A prisão foi efetuada por agentes da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. A mulher negou as acusações, mesmo diante das evidências apresentadas pelos depoimentos e pelas condições físicas do garoto.
Segundo relatos do adolescente, ele era submetido a sessões de agressão que incluíam socos, chutes, mordidas e enforcamentos. A irmã mais velha também participava das agressões, embora ela própria fosse vítima de abusos e de imposições da mãe, como ser obrigada a se prostituir. O menino ainda revelou que era constantemente humilhado verbal e moralmente, chegando a ouvir da mãe que “seria melhor se jogasse na frente de um ônibus”.
O caso veio à tona quando o garoto conseguiu escapar e procurar abrigo junto a uma tia. Imediatamente, o Conselho Tutelar foi acionado, e a Polícia Civil iniciou as diligências que culminaram na prisão da mulher. A situação chocou a comunidade local e trouxe à tona debates sobre violência doméstica e proteção infantil.
A polícia registrou o caso como crime de tortura, previsto na Lei 9.455/97. Além da mãe, a irmã mais velha poderá ser responsabilizada judicialmente, embora também seja considerada vítima de abusos dentro do ambiente familiar. O adolescente resgatado apresenta hematomas e cicatrizes visíveis, evidenciando a gravidade do caso.
Especialistas em proteção infantil reforçam que casos como este são mais comuns do que se imagina e ressaltam a importância de canais de denúncia e fiscalização. Conselhos Tutelares, escolas e vizinhos desempenham papel fundamental na identificação precoce de abusos e na proteção de crianças e adolescentes em situação de risco.
Além disso, organizações de apoio a vítimas de violência doméstica lembram que a recuperação psicológica é tão importante quanto a proteção física. Atendimento psicológico, acompanhamento social e reintegração a ambientes seguros são medidas essenciais para que vítimas consigam superar traumas e reconstruir suas vidas.
A Justiça agora precisa definir a guarda do menor e os próximos passos para garantir que ele e sua irmã mais velha tenham proteção adequada. O caso evidencia, mais uma vez, a urgência de políticas públicas efetivas de prevenção e assistência a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.
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