Mulher não resiste ao realizar um sonho de muitas outras mulheres e família denuncia o caso

Mulher não resiste após realizar cirurgia plástica e família busca justiça

O que deveria ser a realização de um sonho terminou em tragédia para Claudineia Francisca Lima, de 46 anos. No último sábado (15/02), a mulher faleceu após sofrer complicações decorrentes de uma cirurgia plástica realizada em Belo Horizonte, Minas Gerais. A notícia gerou grande comoção, especialmente entre aqueles que conheciam seu desejo de passar pelo procedimento.

Claudineia realizou duas intervenções cirúrgicas: a correção de uma hérnia abdominal e uma abdominoplastia. Segundo relatos da família, durante o procedimento, o médico responsável teria perfurado acidentalmente sua traqueia, o que exigiu uma nova cirurgia para reparar o dano. No entanto, seu estado de saúde já estava bastante debilitado, e ela não resistiu à segunda operação, sofrendo uma parada cardiorrespiratória que levou à sua morte.

Desde 2022, Claudineia sonhava em fazer a abdominoplastia, mas os altos custos a impediam de seguir com o procedimento. Quando soube que precisaria corrigir uma hérnia, decidiu aproveitar uma oferta do cirurgião Marcelo Regianni, que cobraria R$ 18 mil para realizar ambas as cirurgias no mesmo dia. A decisão, que parecia a oportunidade ideal para alcançar seu objetivo, acabou resultando em uma tragédia inesperada.

Após a cirurgia, que durou cerca de seis horas, Claudineia foi levada ao quarto da clínica, onde reencontrou o marido e a filha. No entanto, poucas horas depois, começou a sentir dores na garganta e percebeu um inchaço no pescoço. Com o passar do tempo, os sintomas pioraram, e ela passou a relatar falta de ar e dores nas costas. Mesmo assim, uma enfermeira sugeriu que o desconforto poderia ser apenas uma crise de ansiedade.

Diante do agravamento do quadro, os familiares insistiram para que o médico fosse chamado. O cirurgião responsável avaliou Claudineia e suspeitou de uma reação alérgica, mas não tomou providências imediatas. Somente quando sua dificuldade respiratória se tornou crítica, a paciente foi encaminhada para um hospital, onde exames revelaram a perfuração na traqueia. No dia seguinte, foi levada a outra unidade de saúde para tentar corrigir o problema, mas não resistiu.

A família, em choque, registrou um boletim de ocorrência, exigindo que as autoridades investiguem o caso e tomem providências. Amigos e parentes lamentam profundamente a perda e alertam sobre os riscos de procedimentos estéticos sem o devido acompanhamento médico qualificado.

O caso reacendeu o debate sobre a segurança das cirurgias plásticas e a importância de uma avaliação rigorosa na escolha de profissionais e clínicas especializadas. Infelizmente, complicações em procedimentos estéticos não são raras, e especialistas alertam sobre a necessidade de uma fiscalização mais rígida para evitar fatalidades como essa.

A morte de Claudineia levanta questionamentos sobre a conduta do cirurgião e as condições da clínica onde a operação foi realizada. Além disso, reforça a necessidade de uma assistência médica cuidadosa no pós-operatório, algo que, segundo os familiares, não foi devidamente oferecido à paciente.

Enquanto aguardam respostas das autoridades, familiares e amigos se mobilizam para que o caso não caia no esquecimento. O desejo agora é que a tragédia sirva de alerta para outras mulheres que desejam realizar procedimentos estéticos, destacando a importância da informação, da cautela e da escolha responsável de profissionais.

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