Mulher não resiste após realizar cirurgia plástica, e o caso serve de alerta
Mulher morre após se submeter a cirurgia estética com falso médico nos Estados Unidos
O que era para ser a realização de um sonho terminou em tragédia para Maria Peñaloza Cabrera, uma mulher colombiana que perdeu a vida após se submeter a um procedimento estético realizado por um falso médico, nos Estados Unidos. O caso chocou a comunidade latina e levantou um importante alerta sobre os perigos dos procedimentos estéticos ilegais.
Maria teria procurado Felipe Hoyos-Foronda, de 38 anos, que se apresentava nas redes sociais como profissional da estética, para realizar uma cirurgia de retirada de implantes nos glúteos. O procedimento ocorreu no dia 28 de março, na residência do acusado. Sem qualquer licença médica válida, ele teria administrado uma dose de lidocaína — um anestésico potente — que causou uma parada cardíaca em Maria.
A vítima foi levada às pressas para o hospital, mas chegou à unidade sem atividade cerebral. Foi mantida viva por suporte artificial até o dia 11 de abril, quando os aparelhos foram desligados. Durante esse período, familiares da vítima criaram uma campanha no GoFundMe para custear o tratamento hospitalar e permitir que pudessem se despedir dela. Mais de US$ 6,2 mil foram arrecadados.
Hoyos-Foronda foi preso no Aeroporto Internacional JFK, em Nova York, quando tentava fugir para a Colômbia. Ele foi formalmente acusado por agressão em segundo grau e exercício ilegal da medicina, mas as autoridades ainda avaliam o agravamento das acusações à medida que as investigações avançam.
Nas redes sociais, especialmente no TikTok, o acusado promovia seus serviços como se fosse um profissional da saúde. Após a prisão, suas contas foram removidas. Ainda assim, o caso evidencia como plataformas digitais podem ser usadas para ludibriar pessoas vulneráveis em busca de autoestima e bem-estar físico.
Maria, além de imigrante, era mãe de duas crianças pequenas. Sua morte expõe a dura realidade enfrentada por mulheres que, pressionadas por padrões estéticos muitas vezes inalcançáveis, recorrem a procedimentos arriscados, muitas vezes atraídas por preços baixos e promessas milagrosas.
Especialistas alertam para o crescimento de intervenções clandestinas no setor estético, especialmente em comunidades imigrantes e periféricas. A falta de fiscalização rigorosa e o fácil acesso à promoção desses “serviços” nas redes sociais tornam o cenário ainda mais perigoso. O caso de Maria deve servir de alerta e reforça a necessidade de campanhas públicas de conscientização e de denúncia.
Mais do que uma tragédia individual, a morte de Maria expõe uma ferida social: o culto à aparência acima da segurança e a fragilidade da regulamentação em torno da estética. Que sua história sirva de alerta e que sua memória inspire ações que protejam outras vidas.
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