Mulher que desapareceu em terminal de ônibus é localizada sem vida, diz familiares
Mistério cerca desaparecimento de jovem em Itaquera; corpo encontrado pode ser de Bruna Oliveira
O desaparecimento de Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, tem mobilizado familiares, amigos e a comunidade da zona leste de São Paulo. A jovem, estudante de turismo e mãe de um menino de sete anos, foi vista pela última vez na noite do último domingo, 14 de abril, nas imediações do terminal de ônibus do metrô de Itaquera. Desde então, o caso segue envolto em mistério e comoção.
Bruna havia saído da casa do namorado, no bairro do Butantan, zona oeste da cidade, e tentava retornar para casa quando parou em uma banca de jornal para carregar o celular. Chegou a pedir dinheiro para a família com o intuito de solicitar um carro por aplicativo, mas por volta das 22h30 parou de responder às mensagens.
A angústia dos familiares aumentou ainda mais na tarde de terça-feira, quando um corpo foi encontrado nos fundos de um estacionamento localizado na avenida Miguel Ignácio Curi, na Vila Carmosina — a apenas dois quilômetros do ponto onde Bruna foi vista pela última vez. A polícia suspeita fortemente de que se trate da jovem, mas a confirmação oficial só será feita após a conclusão dos exames periciais.
O caso está sendo investigado como morte suspeita pelo 24º Distrito Policial. A Secretaria de Segurança Pública informou que imagens de câmeras de segurança da região estão sendo analisadas, e testemunhas já começaram a ser ouvidas para tentar traçar os últimos passos de Bruna. O estado de conservação do corpo indica que a vítima pode ter falecido pouco tempo após desaparecer, levantando a possibilidade de que o crime tenha ocorrido ainda na noite de domingo.
A proximidade do local com a Arena Neo Química, estádio do Corinthians, gerou grande repercussão nas redes sociais, onde internautas manifestaram revolta e tristeza com o caso. Amigos descreveram Bruna como uma jovem tranquila, dedicada aos estudos e extremamente zelosa com o filho. O clima de dor e incerteza domina a família, que aguarda a confirmação da identidade do corpo e cobra respostas das autoridades.
Esse episódio lança luz sobre a crescente vulnerabilidade de mulheres em ambientes urbanos, especialmente em trajetos que envolvem transporte público à noite. Especialistas alertam para a necessidade de políticas públicas mais robustas, como segurança reforçada em terminais, iluminação adequada e serviços de apoio imediato a pessoas em situação de risco.
Infelizmente, casos como o de Bruna se repetem com frequência alarmante. Dados do Instituto de Segurança Pública mostram que mulheres jovens são as maiores vítimas em registros de desaparecimentos, muitas vezes com desfechos trágicos. A ausência de protocolos eficazes para lidar com esses episódios agrava ainda mais o drama enfrentado pelas famílias.
O caso segue sob investigação, e a expectativa é que os laudos periciais sejam concluídos nos próximos dias. Enquanto isso, a cidade se une em solidariedade à família de Bruna e na esperança de que justiça seja feita.
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