Novas informações sobre o momento em que ex-delegado geral de SP é morto em emboscada

A cidade de Praia Grande, no litoral de São Paulo, foi palco de um atentado que chocou a comunidade local na tarde desta segunda-feira, 15 de setembro. O alvo foi o ex-delegado geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, executado em uma ação criminosa registrada por câmeras de segurança.

As imagens revelam o momento em que o carro dirigido por Fontes colide com um ônibus, capota e, em seguida, é cercado por criminosos armados que descem de outro veículo e disparam contra o ex-delegado. A brutalidade da cena chamou atenção e intensificou o clima de apreensão na região.

A motivação do crime ainda está sob investigação. Fontes construiu uma longa trajetória na corporação, iniciando carreira no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), onde atuou na Delegacia de Roubo a Bancos. Posteriormente, desempenhou funções no Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) e chegou ao posto máximo da Polícia Civil, como delegado geral.

Durante sua gestão, esteve à frente de importantes operações contra o Primeiro Comando da Capital (PCC), especialmente em 2006, período marcado por ataques da facção criminosa em São Paulo. Na época, Fontes chegou a receber ameaças diretas, tornando-se uma das figuras mais visadas pelo crime organizado.

Após se licenciar da corporação, o ex-delegado assumiu funções administrativas na Prefeitura de Praia Grande, exercendo o cargo de secretário de Administração, onde permaneceu próximo da vida pública e da segurança da cidade.

Equipes da Polícia Militar foram mobilizadas imediatamente após o atentado. O veículo utilizado pelos criminosos foi localizado e a cena preservada para a perícia. A Polícia Civil conduz as investigações com apoio das unidades de inteligência, que trabalham para identificar e capturar os envolvidos.

Em nota oficial, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo lamentou a morte de Ruy Ferraz Fontes e destacou sua contribuição de mais de quatro décadas à segurança pública. Além de delegado geral, ele também foi diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap) e atuou em unidades de grande relevância, como o DHPP.

A execução de Fontes representa não apenas a perda de um profissional de carreira exemplar, mas também expõe os riscos enfrentados por autoridades que se dedicam ao combate ao crime organizado no Brasil. O episódio reacende o debate sobre a vulnerabilidade de ex-agentes de alta patente e a necessidade de medidas de proteção mais eficazes.

Para colegas e subordinados, sua morte é um golpe doloroso. Fontes era reconhecido pelo perfil rígido, firme em decisões, mas também por sua dedicação à corporação e ao fortalecimento das instituições de segurança. Sua trajetória deixa marcas na história da Polícia Civil e inspira gerações de policiais.

A comunidade de Praia Grande, onde o ex-delegado atuava nos últimos anos, também se mobilizou em manifestações de pesar. Moradores destacaram o impacto do atentado para a sensação de segurança local, exigindo respostas rápidas e rigorosas das autoridades.

Mais do que um crime contra um ex-delegado, a morte de Ruy Ferraz Fontes simboliza um atentado contra o próprio Estado e contra todos que defendem o cumprimento da lei. O caso reforça a urgência de políticas mais duras no enfrentamento ao crime organizado e no amparo àqueles que arriscam a vida em prol da sociedade.

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