O que se sabe até ao momento, sobre o acidente que tirou a vida de 12 universitários
O caso continua sendo investigado pela Polícia Civil. Uma tragédia envolvendo a colisão fatal de um ônibus universitário com um caminhão na Rodovia Waldir Canevari (SP-355/330) resultou em 12 mortes e 19 feridos, na região de Ribeirão Preto. O acidente ocorreu na noite de quinta-feira, quando estudantes da Unifran retornavam para São Joaquim da Barra.
O motorista do caminhão, Evandro Rogério Leite, recebeu alta hospitalar e foi detido por suspeita de causar o acidente e omissão de socorro. O veículo que conduzia invadiu a faixa contrária, atingindo o ônibus que transportava 29 estudantes e o motorista, Eduardo Henrique Justino.
A tragédia aconteceu em um trecho de pista simples, sem acostamento e com desnível significativo. A rota alternativa tornou-se necessária devido à interdição da Rodovia Prefeito Fábio Talarico desde novembro de 2024, quando foram identificados problemas estruturais na ponte sobre o rio Salgado.
O impacto devastador destruiu completamente a lateral do ônibus universitário. Lucas Bonfim, estudante de 19 anos e coordenador dos passageiros, sobreviveu ao conseguir se segurar no corrimão do veículo, evitando ferimentos mais graves. Sua ação rápida e corajosa foi fundamental para reduzir as consequências do acidente.
Entre as vítimas fatais estavam estudantes de diversos cursos, incluindo Engenharia Elétrica, Arquitetura, Análise de Sistemas e Ciência da Computação. Para alguns deles, era apenas o terceiro dia de aula na universidade, o que torna a tragédia ainda mais dolorosa para suas famílias e amigos.
A maioria dos 19 feridos recebeu atendimento na Santa Casa de São Joaquim da Barra, e receberam alta médica na sexta-feira. A Polícia Civil iniciou investigações para esclarecer todas as circunstâncias do acidente, e o trabalho contínuo das autoridades visa trazer maior compreensão sobre os fatores que levaram à colisão.
A Unifran decretou luto oficial por três dias e suspendeu as atividades acadêmicas na sexta-feira, em respeito às vítimas e suas famílias. O sepultamento dos 12 estudantes no sábado provocou forte comoção na comunidade local, que se uniu para apoiar as famílias enlutadas.
As vítimas fatais incluíam jovens promissores como Matheus Jesus Eugenio dos Santos (19), João Pedro Oliveira dos Reis (19), Hugo dos Santos Aliberte Dias (19), Pedro Henrique Souza Saraiva (17), Juliana Neves Hespanhol (20) e Otávio Oliveira (18). Juntos, eles representavam a juventude cheia de esperança e com grandes planos para o futuro.
Também perderam suas vidas Flávia Mendes dos Santos (24), Caio Felizardo da Silva (26), Vinicius Nascimento dos Santos (18), Lívia Tavares (23), Raquel Laila Caldeira e Mariana Anastácio de Oliveira, jovens com grande potencial em diferentes áreas do conhecimento.
O acidente levanta questionamentos sobre a segurança das rodovias alternativas utilizadas durante obras e interdições. A condição precária da via, sem acostamento e com desníveis, pode ter contribuído para a magnitude da tragédia. A comunidade local, assim como especialistas em segurança viária, apontam a urgência de melhorias na infraestrutura da região.
A perda de tantos jovens estudantes, no início de suas carreiras acadêmicas, impactou profundamente a comunidade universitária. Muitos deles estavam apenas começando sua jornada no ensino superior, com sonhos e aspirações interrompidos abruptamente. A dor da perda é sentida não apenas pelas famílias, mas por todos que testemunham essa tragédia.
Além disso, a situação expõe a necessidade urgente de melhorias na infraestrutura rodoviária da região. A interdição da via principal forçou o uso de uma rota alternativa mais perigosa, evidenciando problemas estruturais no sistema viário. A falta de manutenção e a construção inadequada de alternativas mais seguras podem ter sido fatores agravantes no acidente.
O caso permanece sob investigação da Polícia Civil, que busca determinar todas as circunstâncias que levaram à colisão. A prisão do motorista do caminhão representa o primeiro passo na busca por respostas sobre as causas do acidente. As investigações continuam, e espera-se que elas forneçam esclarecimentos essenciais para evitar tragédias semelhantes no futuro.
A comunidade acadêmica e as famílias das vítimas aguardam o desenrolar das investigações, enquanto lidam com o luto e a dor da perda prematura de jovens cheios de potencial e sonhos para o futuro. A solidariedade e o apoio mútuo têm sido fundamentais para enfrentar essa imensa tragédia.
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