Onde está Enzo? Garoto de 2 anos que desapareceu na cidade turística de Santa Catarina
O desaparecimento do pequeno Enzo Willy Fiorindo Dalmás está mobilizando as forças de segurança de Santa Catarina e comovendo a sociedade local.
Desaparecimentos que envolvem crianças pequenas costumam gerar uma comoção intensa e uma sensação coletiva de urgência por respostas. Quando esses casos surgem em meio a disputas judiciais entre os próprios pais, o cenário se torna ainda mais delicado, exigindo atuação ágil e cuidadosa por parte das autoridades.
Esse é o drama enfrentado por Carla Renata de Castro, mãe de Enzo, um menino de apenas dois anos que não é visto desde o final de fevereiro, em Balneário Camboriú, cidade turística no litoral catarinense. A situação teve início em 26 de fevereiro, quando a Justiça determinou a reversão da guarda do menino em favor da mãe, no mesmo dia em que um oficial de Justiça se dirigiu à escola da criança para efetuar a entrega.
No entanto, ao chegar ao local, o oficial foi informado de que o pai havia retirado Enzo cerca de 15 minutos antes. Desde então, o paradeiro da criança permanece desconhecido. Carla vive dias de angústia, sem qualquer contato com o filho, mergulhada em um misto de dor, impotência e esperança.
O relacionamento entre os pais de Enzo durou cerca de três anos, encerrando-se em setembro de 2024. Durante o processo de separação, o pai havia obtido a guarda da criança. No entanto, essa decisão foi revertida judicialmente em fevereiro de 2025, com base em novos elementos apresentados por Carla. Como o contato entre os dois havia sido rompido, as visitas ao menino vinham sendo intermediadas pela avó paterna.
Diante dessa situação, a Justiça decidiu organizar a transferência da guarda de forma legal e supervisionada. A Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso de Balneário Camboriú confirmou que o caso está sendo investigado, embora os detalhes permaneçam sob sigilo, por se tratar de um processo em segredo de Justiça.
A principal linha de investigação indica o pai como suspeito de ter fugido com a criança, descumprindo a ordem judicial. Ele poderá responder por subtração de incapaz e desobediência, crimes que, segundo o Código Penal, podem resultar em pena de prisão.
Casos como o de Enzo expõem a fragilidade de mecanismos que deveriam proteger crianças em situações de conflito familiar. Embora existam protocolos e decisões judiciais, muitas vezes há um vácuo entre o que é determinado e o que efetivamente se concretiza. Essa lacuna pode colocar menores em situações de risco e agravar o sofrimento das famílias envolvidas.
Além do aspecto legal, o impacto psicológico sobre a mãe é imenso. Carla precisa lidar não apenas com a dor da ausência, mas com a incerteza do que pode estar acontecendo com o filho. Em situações como essa, o apoio psicológico e o acolhimento social são fundamentais para que as mães não enfrentem esse tipo de sofrimento sozinhas.
Enquanto as investigações continuam, Carla segue em busca de qualquer informação que leve ao reencontro com Enzo. Ela faz apelos públicos e conta com o apoio da comunidade, que compartilha mensagens nas redes sociais e ajuda a espalhar a imagem da criança. O caso de Enzo se torna, assim, não apenas uma luta pessoal de uma mãe, mas um chamado coletivo por justiça, empatia e responsabilidade.
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