Polícia de SC traz novos detalhes sobre a morte trágica de jovem de 25 anos: ‘Emboscada’
O caso chocou a comunidade local e segue sob investigação.
O assassinato de Samara Greiner da Silva, de 25 anos, revelou um caso brutal de violência premeditada. O suspeito, seu ex-companheiro de 29 anos, levou pouco mais de um minuto para deixar o local do crime após tirar a vida da jovem a tiros.
O homicídio aconteceu na noite do último sábado, em um apartamento localizado na cidade de Chapecó, na região Oeste do estado de Santa Catarina. A polícia prendeu o suspeito nesta última segunda-feira (24), após intensa investigação.
Samara havia se mudado para o apartamento onde foi assassinada na tentativa de escapar das ameaças do ex-companheiro. Ela vivia no local com a irmã e duas sobrinhas, de três e dez anos.
Apenas quatro dias antes do crime, a Justiça havia concedido uma medida protetiva de urgência que proibia o agressor de se aproximar dela. O documento foi expedido no mesmo dia em que a jovem registrou um boletim de ocorrência denunciando as ameaças, ocorridas após o término do relacionamento, no início de fevereiro.
A preocupação de Samara era evidente. Além da denúncia formal, ela chegou a alertar os vizinhos do condomínio, pedindo que nunca permitissem a entrada do ex-companheiro no prédio.
No entanto, na noite do crime, o agressor conseguiu invadir o apartamento escalando pelo toldo de proteção da entrada do edifício até o segundo andar. Ao entrar no imóvel, ele sequestrou as sobrinhas da vítima e, sob ameaça de arma de fogo, trancou as crianças em um quarto.
Em seguida, forçou a menina mais velha a enviar uma mensagem para Samara, pedindo que voltasse para casa. A vítima, sem imaginar que estava caindo em uma emboscada, retornou imediatamente ao apartamento.
As câmeras de segurança registraram sua chegada às 22h42. Assim que entrou pela porta, foi surpreendida pelo agressor, que disparou pelo menos quatro vezes contra ela. Os tiros atingiram o rosto e o tórax, e apenas o laudo da necropsia confirmará a quantidade exata de disparos.
A polícia classificou o crime como uma emboscada covarde e premeditada, evidenciando que a jovem foi surpreendida sem chance de defesa. Após o assassinato, o suspeito fugiu em direção à Xanxerê, cidade natal da vítima.
A tragédia gerou forte comoção entre familiares, amigos e moradores da região, reacendendo o debate sobre a eficácia das medidas protetivas e a segurança de mulheres ameaçadas por seus agressores. Muitas vítimas, mesmo após denúncias formais, continuam vulneráveis devido à falta de fiscalização rigorosa e de medidas de monitoramento eficazes para coibir novas agressões.
Organizações de defesa dos direitos das mulheres manifestaram indignação diante do caso, reforçando a necessidade de ações mais concretas para evitar que tragédias semelhantes se repitam. Em nota, um coletivo de ativistas de Chapecó cobrou providências do poder público e reforçou a importância de fortalecer políticas de combate à violência de gênero.
Samara deixa um filho de 10 anos e uma história marcada pelo medo e pela tentativa de buscar proteção contra a violência. O caso reforça a gravidade da violência doméstica e a necessidade urgente de mecanismos mais eficazes para garantir a segurança de mulheres que denunciam seus agressores. Enquanto isso, a família da vítima clama por justiça, esperando que o responsável pelo crime receba a devida punição e que o assassinato de Samara não caia no esquecimento.
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