Polícia identificou suspeito acusado pela morte de estudante da USP

Polícia identifica suspeito pela morte de estudante na Zona Leste de São Paulo

A Polícia Civil de São Paulo confirmou, nesta terça-feira (22), a identificação de um suspeito de envolvimento na morte da estudante Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos. O caso, que gerou grande comoção pública, segue em investigação pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que realiza diligências para localizar e prender o suspeito.

Bruna desapareceu no último dia 13 de abril, nas proximidades do terminal de ônibus da estação Corinthians-Itaquera, na Zona Leste da capital. O corpo da jovem foi encontrado no dia 17, com sinais claros de violência, nos fundos de um estacionamento localizado na Avenida Miguel Ignácio Curi, região da Vila Carmosina.

Segundo informações da Secretaria da Segurança Pública (SSP), imagens de câmeras de segurança obtidas durante a investigação mostram o momento em que Bruna caminha por uma calçada e é seguida por um homem, que posteriormente a ataca. O vídeo foi divulgado na noite de terça-feira e tem sido uma peça fundamental para o avanço do inquérito.

Embora as autoridades ainda investiguem as motivações do crime, os elementos reunidos até o momento apontam para um homicídio. A delegada responsável pelo caso ressaltou que, apesar das evidências, ainda não é possível afirmar se o crime se trata de feminicídio. “Foi, no mínimo, um homicídio. Ainda não se sabe a motivação para falar de feminicídio (…) Sobre suspeitos do fato, do que exatamente aconteceu com ela, ainda não temos um nome ou características físicas para dar”, explicou.

Durante a investigação, foram colhidos depoimentos de familiares, amigos e um ex-namorado da vítima, que ajudaram a reconstruir os últimos passos de Bruna antes de desaparecer. A jovem era mestranda em História Social pela Universidade de São Paulo (USP) e sonhava com uma carreira acadêmica. Ela também era mãe de um menino de sete anos.

O caso reforça a preocupação com a segurança de mulheres em espaços públicos e reacende o debate sobre violência de gênero. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública indicam que uma mulher é vítima de agressão física a cada hora no Brasil — um cenário que exige resposta firme das autoridades e maior investimento em políticas públicas de proteção.

A busca pelo autor do crime segue sendo prioridade das forças policiais. A sociedade, por sua vez, aguarda por justiça e por respostas que ofereçam dignidade à memória de Bruna e proteção a outras mulheres.

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