“Precisava trabalhar. Não tinha com quem deixar”: lamenta mãe que perdeu bebê no primeiro dia da criança na creche

Mãe desabafa após morte da filha de 1 ano e 4 meses em creche clandestina em Ceilândia (DF)

A mãe da pequena Laura Rebeca, de 1 ano e 4 meses, fez um desabafo emocionante após a trágica morte da filha, ocorrida nesta quinta-feira (11/12) em Ceilândia (DF). Lorrany Stephane, cabeleireira e mãe solo, contou que deixou a menina sob cuidados de terceiros pela primeira vez, em uma creche improvisada, para poder trabalhar e sustentar a família.

Em entrevista ao portal Metrópoles, Lorrany relatou que aceitou a indicação de uma cliente que garantiu que o local era seguro e monitorado. “Eu precisava trabalhar, não tinha com quem deixar. Foi por isso que aceitei levar ela lá”, disse a mãe, que administra um salão de beleza. Suas palavras geraram grande comoção e solidariedade entre familiares e internautas.

A investigação da Polícia Civil expôs contradições nos relatos da responsável pelo estabelecimento. Segundo Lorrany, a mulher apresentou três versões diferentes sobre o que teria acontecido com a criança: inicialmente disse que a bebê estava dormindo; depois afirmou tê-la encontrado virada; e, por fim, admitiu ter saído e deixado a criança sob os cuidados do marido.

O caso chocou a família ainda mais pelo fato de que Laura morreu asfixiada pelo cinto de um bebê-conforto que não lhe pertencia. A mãe afirmou que havia colocado a filha em um carrinho espaçoso e nunca precisou usar cinto. Ao chegar à creche, Lorrany encontrou a equipe do Samu tentando reanimar a menina, que não resistiu.

Além disso, foi constatado que o local não possuía alvará de funcionamento, configurando um estabelecimento clandestino. As autoridades seguem investigando o caso, tratado inicialmente como asfixia acidental, para apurar responsabilidades.

O episódio gerou indignação e reacendeu o debate sobre a segurança de crianças em creches e cuidados terceirizados, destacando a necessidade de fiscalização rigorosa e regulamentação efetiva desses estabelecimentos. Especialistas alertam que apenas locais com autorização legal e protocolos de segurança adequados devem receber crianças pequenas.

Para a família, a tragédia representa uma perda irreparável e a urgência de que a Justiça seja feita. Além do sofrimento, o caso evidencia a importância de orientações claras para pais e responsáveis na escolha de creches, assim como a supervisão constante e o respeito às normas de segurança infantil.

Casos como este reforçam que a prevenção e a responsabilidade legal são essenciais para proteger a primeira infância e evitar acidentes que poderiam ser evitados com estrutura adequada e fiscalização.

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