Professor agride aluno em escola militarizada de Goiás; video

O caso foi parar na delegacia e está sendo investigado pela polícia. Em Quirinópolis, no sudoeste de Goiás, um professor foi flagrado por câmeras de segurança de uma sala de aula no momento em que desfere vários tapas contra um aluno de 11 anos. Nas imagens, a criança aparece sentada, sem apresentar qualquer atitude que justificasse a agressão do professor.

Segundo as gravações e as informações confirmadas pela direção da escola, a situação teve início quando o professor tentava caminhar entre as fileiras de carteiras e acabou tropeçando na mochila de um aluno, perdendo o equilíbrio e quase caindo.

Em seguida, o professor se apoia na mesa da criança que viria a ser agredida, recupera o equilíbrio, coloca a mochila no lugar e, logo depois, volta-se para o estudante. Ele então desfere diversos tapas sobre a carteira e, na sequência, passa a agredir o aluno.

Nas imagens, é possível ver que a criança é pega de surpresa e tenta se proteger levantando o braço, enquanto tenta sair da cadeira. Uma professora que estava na outra ponta da sala percebe a situação, se aproxima rapidamente e intervém, afastando o colega do estudante.

Após o ocorrido, a professora solicitou ajuda de outros funcionários, que acionaram imediatamente a direção da escola. A gestão, por sua vez, chamou a Polícia Militar, o Conselho Tutelar e os responsáveis pelo aluno. O nome do professor não foi divulgado pela unidade.

A instituição confirmou que o docente, responsável pelas aulas de português, estava em período de estágio probatório e que o episódio ocorreu em uma Escola Municipal Militarizada. A direção informou ainda que o professor foi afastado preventivamente de suas funções até a conclusão das investigações internas e externas.

As imagens mostram que o aluno recebeu dez tapas, que atingiram tanto o rosto quanto a cabeça. A Polícia Civil confirmou que o caso foi registrado e está sendo investigado como lesão corporal.

O episódio gerou grande repercussão entre pais, alunos e moradores da cidade, levantando um intenso debate sobre os limites da disciplina e o papel dos educadores no ambiente escolar. Muitos manifestaram indignação nas redes sociais, cobrando punição e mais rigor na seleção e capacitação de professores.

Especialistas em educação ressaltam que situações como essa reforçam a necessidade de investimento em formação emocional e pedagógica para os profissionais da área. Segundo eles, o ambiente escolar deve ser um espaço de diálogo, empatia e respeito mútuo, onde conflitos sejam resolvidos de forma pedagógica e jamais com violência.

Em nota oficial, a Secretaria de Educação e a administração municipal reafirmaram o repúdio a qualquer forma de agressão ou desrespeito dentro das escolas ou em qualquer órgão público. O comunicado reforça ainda o compromisso com a construção de um ambiente educacional seguro, acolhedor e voltado ao desenvolvimento integral dos alunos.

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