Revelada motivação de mulher que matou a própria filha de apenas 2 meses
Uma mãe tirou a vida da filha de apenas dois meses, e o motivo foi revelado pelas autoridades. Após uma investigação que chocou o estado de Roraima, o Ministério Público denunciou formalmente o casal Renata Pereira dos Santos, de 26 anos, e Halisson Conceição dos Santos, de 36, pelo assassinato da própria filha.
A notícia foi divulgada ao público na última quinta-feira (23/10). A bebê Melinda Sofia, de menos de dois meses, teria sido morta por asfixia pela própria mãe, em um ato de vingança contra o companheiro. O crime, descrito como brutal e sem precedentes, gerou revolta e comoção entre os moradores de Boa Vista e em todo o país.
O Ministério Público de Roraima (MPRR) classificou o caso como de “extrema brutalidade e frieza”. Segundo a denúncia, a mãe utilizou as mãos, um lençol ou um travesseiro para asfixiar a filha após uma discussão com o companheiro. Durante a briga, o pai teria dito que “poderiam morrer as duas”, o que, de acordo com a promotoria, teria motivado a mulher a cometer o crime de vingança.
Com o avanço das investigações, o papel do pai também foi esclarecido. Halisson foi denunciado por homicídio qualificado por omissão, já que, segundo o MP, ele tinha conhecimento da intenção da companheira de matar a criança e não tomou nenhuma atitude para impedir. O órgão apontou três qualificadoras para o crime: motivo torpe (vingança), meio cruel (asfixia) e a extrema vulnerabilidade da vítima. Caso a Justiça aceite a denúncia, o casal será levado a júri popular e poderá enfrentar penas severas.
Desde o dia 13 de outubro, o caso tem chocado o país. A pequena Melinda foi encontrada morta sobre a cama do apartamento da família, em Boa Vista, apresentando sinais de violência e marcas compatíveis com sufocamento. A cena descrita pelos peritos foi considerada “dolorosa e desumana”.
As investigações também revelaram que a mãe havia enviado mensagens ao companheiro ameaçando matar a criança, demonstrando intenção prévia. Testemunhas relataram ter visto Renata em um bar horas antes do crime, acompanhada da bebê, em comportamento alterado e aparentemente sob forte abalo emocional. Esse detalhe reforçou a hipótese de que o assassinato foi motivado por impulso de vingança.
O crime reacendeu debates sobre a importância da atuação dos órgãos de proteção à infância e o acompanhamento de famílias em situação de vulnerabilidade. Conselheiros tutelares e especialistas em psicologia familiar destacaram que sinais de instabilidade emocional e violência doméstica podem ser perceptíveis antes de tragédias como essa, e que a intervenção precoce poderia evitar desfechos tão devastadores.
No momento, o casal permanece preso preventivamente. O juiz responsável pelo caso considerou as versões apresentadas pelos dois contraditórias e afirmou que a liberdade deles representaria um “risco real e atual à ordem pública”. A Justiça também determinou o sigilo processual para proteger as provas e preservar a integridade das investigações. O MPRR informou que seguirá acompanhando o caso até o julgamento final.
A morte de Melinda Sofia se tornou símbolo de indignação e alerta sobre a fragilidade dos mecanismos de proteção à infância. Em Boa Vista, moradores realizaram uma pequena vigília em memória da bebê, acendendo velas e levando flores até a porta do prédio onde o crime ocorreu. A comoção reforça a necessidade de empatia, vigilância e políticas públicas mais eficazes para prevenir a violência dentro do ambiente familiar.
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