SC: Bebê foi baleado no peito durante ataque que tirou a vida do pai, que era líder de facção criminosa

Atentado em Florianópolis: líder de facção é morto e bebê fica ferido em ataque a tiros

O caso segue sob investigação das autoridades competentes. Um episódio que começou como uma ação pontual rapidamente ganhou repercussão em diferentes esferas — policial, social e humanitária — ao evidenciar como conflitos ligados ao crime organizado podem alcançar vítimas inocentes e indefesas.

A imagem de um bebê ferido durante um atentado que teve como alvo seu próprio pai reacendeu discussões sobre a presença de lideranças de facções criminosas em outros estados, a segurança pública em áreas urbanas e a proteção de crianças em situações de risco.

Na noite de quinta-feira (9), em frente a um apartamento localizado na região Sul da Ilha de Florianópolis, capital de Santa Catarina, Alexandre Araújo Brandão, de 37 anos — conhecido como “Xuruca” e apontado como um dos chefes do Comando Vermelho no Amazonas — foi surpreendido por um atirador.

Segundo informações da Polícia Militar, Alexandre carregava o filho de 1 ano e 8 meses no colo quando foi baleado no peito. O bebê também foi atingido, com um disparo que atingiu o tornozelo. Testemunhas relataram que o agressor disparou mais vezes quando Alexandre tentou correr, e o homem acabou morrendo no local.

O suspeito fugiu em um carro vermelho, que ainda está sendo procurado. A Polícia Civil de Santa Catarina conduz as investigações para identificar o autor dos disparos e possíveis cúmplices. O bebê foi socorrido em estado grave e levado para uma unidade hospitalar, onde passou por uma cirurgia ortopédica e segue internado sob cuidados intensivos.

A Secretaria de Estado da Saúde informou que a criança está recebendo todo o suporte necessário para manter suas funções vitais. Até o momento, não há atualização pública sobre o quadro clínico após a primeira intervenção médica.

Natural do Amazonas, Alexandre já era um velho conhecido das autoridades. Em janeiro de 2024, ele havia sido preso em Florianópolis durante uma operação que investigava movimentações financeiras suspeitas e o uso de empresas de fachada para lavar dinheiro obtido com o tráfico de drogas. Na ocasião, a polícia também apreendeu um arsenal de armas usado, segundo os investigadores, para controlar rotas do tráfico na região.

(novo parágrafo 1) A morte de Alexandre, embora tenha eliminado um alvo importante da segurança pública, trouxe à tona questionamentos sobre a eficácia do monitoramento de ex-presidiários e foragidos. Mesmo após ter sido preso, ele teria voltado a atuar discretamente, mantendo contatos e influência dentro da facção. Para especialistas, o caso expõe falhas no acompanhamento de indivíduos de alta periculosidade fora dos presídios.

(novo parágrafo 2) O episódio também gerou comoção nacional, sobretudo pela presença do bebê no momento do ataque. Entidades de defesa da infância destacaram a necessidade de políticas que ampliem a proteção de filhos e familiares de pessoas envolvidas com o crime. “Essas crianças acabam sendo vítimas duplas — do ambiente familiar e da violência urbana”, afirmou a assistente social Camila Tavares.

(novo parágrafo 3) Moradores da região afirmaram que Alexandre vivia de forma discreta, tentando manter aparência de vida comum. Apesar disso, movimentações suspeitas no prédio teriam chamado atenção nas semanas que antecederam o atentado. “Parecia um pai normal, levava o menino para passear, mas sempre havia carros estranhos por perto”, contou um vizinho que preferiu não se identificar.

(novo parágrafo 4) O caso reacende o debate sobre a cooperação entre polícias federal e estaduais no combate ao crime organizado, especialmente quando facções expandem suas operações para outros estados. Enquanto as autoridades tentam esclarecer as motivações do ataque, a sociedade acompanha com apreensão o desfecho da investigação e torce pela recuperação do bebê — símbolo trágico da violência que continua a atravessar fronteiras e destruir famílias.

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