SC: Homem que morreu durante forte temporal no interior catarinense, foi identificado

Temporal em Santa Catarina deixa um morto e mais de 388 mil pessoas afetadas

O avanço de eventos climáticos extremos no Brasil tem exposto a população a riscos crescentes, especialmente em estados do Sul, como Santa Catarina. Na sexta-feira (9), um forte temporal atingiu diversas regiões catarinenses, deixando um saldo de destruição, prejuízos materiais e, infelizmente, uma vítima fatal.

Ivan Elias Oldenburg, de 51 anos, morador da comunidade Linha Barra do Palmito, em Palmitos, no Oeste do estado, foi atingido por uma árvore que caiu durante a tempestade, pouco antes das 15h. Ivan estava em sua propriedade rural e não resistiu aos ferimentos causados pela queda. Apesar da mobilização rápida dos bombeiros, ele morreu ainda no local.

O velório teve início na madrugada de sábado (10), na Paróquia Evangélica de Confissão Luterana de Palmitos, reunindo familiares, amigos e moradores comovidos com a tragédia. O sepultamento aconteceu no mesmo dia, às 14h30min. A igreja emitiu uma nota oficial lamentando a perda e prestando solidariedade a todas as vítimas das intempéries.

Segundo a Defesa Civil do Estado, cerca de 388 mil pessoas foram afetadas pelo temporal, que causou alagamentos, quedas de árvores, danos em residências e prejuízos à infraestrutura urbana e rural. Em algumas cidades, escolas foram fechadas, redes de energia interrompidas e estradas interditadas por deslizamentos de terra e enchentes.

A tragédia que vitimou Ivan evidencia a vulnerabilidade de moradores de áreas rurais diante de fenômenos meteorológicos severos. Muitos trabalhadores do campo, como ele, acabam sendo expostos diretamente aos efeitos de vendavais e chuvas intensas, sem a proteção adequada ou o tempo necessário para evacuação.

Especialistas alertam para a importância da ampliação dos sistemas de alerta precoce e de campanhas de educação climática, especialmente em comunidades afastadas dos grandes centros. A adoção de protocolos de emergência, planos municipais de contingência e o fortalecimento da rede de assistência são medidas fundamentais para evitar novas perdas.

O episódio também reforça a necessidade de articulação entre os governos estaduais, municipais e federal para enfrentar o agravamento dos eventos extremos, que têm sido cada vez mais frequentes e intensos, em parte associados às mudanças climáticas globais. Sem ações integradas e preventivas, tragédias como a de Palmitos tendem a se repetir com maior intensidade nos próximos anos.

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