SC: homens que perderam a vida ao serem atingidos por árvore durante trabalho, são identificados
Rajada de vento causa tragédia em Águas de Chapecó e mata dois trabalhadores durante corte de eucaliptos
O pai de uma das vítimas ainda tentou salvar os dois homens, mas todo o esforço foi em vão.
Trabalhar em áreas de mata exige atenção redobrada, especialmente quando se lida com árvores de grande porte como os eucaliptos. Além da habilidade técnica necessária para o corte, as condições climáticas desempenham papel crucial na segurança desses profissionais. Quando essas condições são desfavoráveis ou mudam de forma repentina, o risco de acidentes graves aumenta consideravelmente.
Na tarde da última quinta-feira (3), uma tragédia abalou a comunidade de Linha Cascatinha, na zona rural de Águas de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. Dois homens perderam a vida após serem atingidos por uma árvore durante uma atividade de derrubada de eucaliptos. Uma rajada de vento inesperada provocou a queda, atingindo em cheio os trabalhadores.
As vítimas foram identificadas como Ademir Rodrigues, de 35 anos, e Luan Belino Nunes, de apenas 19. O pai de Luan, que também estava no local, presenciou o acidente e tentou prestar socorro imediato, utilizando seu próprio carro para levar os feridos ao posto de saúde da Linha Maidana. Apesar da rapidez no transporte, os profissionais de saúde constataram os óbitos às 16h14.
O Corpo de Bombeiros de São Carlos informou que o atendimento foi iniciado ainda dentro do veículo antes mesmo da chegada da ambulância. A comoção tomou conta da região, especialmente na cidade de Planalto Alegre, onde os corpos foram sepultados. Ademir era conhecido e querido na comunidade por sua participação no esporte local, como integrante da equipe Planalto FC no Campeonato Municipal de Futsal.
Acidentes como esse reforçam a urgência de estratégias preventivas em atividades florestais, como o uso obrigatório de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), supervisão técnica, e, principalmente, o monitoramento meteorológico em tempo real. Uma simples mudança no clima pode transformar um dia comum de trabalho em uma tragédia irreversível.
Além da dor da perda, as famílias das vítimas enfrentam agora as dificuldades emocionais e financeiras decorrentes de acidentes desse tipo. Políticas públicas voltadas ao amparo de trabalhadores rurais e suas famílias tornam-se ainda mais necessárias diante de situações assim, que expõem a vulnerabilidade desses profissionais.
A tragédia também levanta o debate sobre a importância de capacitação contínua para trabalhadores do setor florestal, muitas vezes expostos a riscos severos sem treinamento adequado. Investimentos em segurança e conscientização podem salvar vidas e evitar que episódios como esse se repitam.
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