SC: Identificada a mulher que foi morta junto com filha de 5 anos

O caso trágico segue sob investigação. Em muitas cidades pequenas, ruídos noturnos podem revelar rupturas que a vizinhança demora a compreender. No distrito serrano onde moravam, uma família foi encontrada sob circunstâncias que quebraram a rotina e levantaram sinais de alerta sobre conflitos íntimos.

A descoberta ocorreu quando moradores ouviram disparos e acionaram a polícia, desencadeando uma operação que transformou a rua em local de perícia e luto silencioso. O episódio se desenrolou na madrugada de quarta-feira (12), em uma residência de Otacílio Costa, na Serra Catarinense. Ao entrarem na casa, agentes localizaram Sabrina da Silva Souza, de 35 anos, com ferimentos por arma de fogo na sala.

Em outro cômodo, uma criança de apenas cinco anos, Isabelly da Silva Barbosa, também foi encontrada morta por disparos. No local havia cápsulas deflagradas e uma arma de calibre 9 mm, levando as equipes a isolar a área enquanto peritos realizavam os primeiros levantamentos. Um homem de 46 anos, identificado como Marcelo Barbosa, foi encontrado ferido na residência e encaminhado a um hospital local, mas não resistiu aos ferimentos.

As autoridades tratam o caso como um duplo homicídio seguido de suicídio, conforme a avaliação preliminar dos fatos. A identidade da mulher foi confirmada por familiares e pelos serviços funerários, e a escola frequentada pela criança suspendeu as aulas da turma dela como medida de respeito e acolhimento à comunidade.

O episódio mobilizou vizinhança, equipes de emergência e autoridades locais, deixando em aberto questões sobre como tensões domésticas podem escalar de forma súbita e fatal. A presença de cápsulas e da arma no local confirma padrões observados em ocorrências letais, em que conflitos interpessoais dentro de residências acabam resultando em desfechos irreversíveis.

Especialistas reforçam a importância de redes de apoio, canais de denúncia e acompanhamento psicológico em comunidades pequenas, onde sinais de alerta muitas vezes passam despercebidos. Além disso, campanhas de conscientização e medidas de restrição ao acesso a armamentos são apontadas como fundamentais para prevenir tragédias semelhantes.

O caso deixa uma dolorosa reflexão sobre a necessidade de atenção às relações familiares e à saúde mental, mostrando que prevenir violência doméstica exige ação conjunta de autoridades, vizinhos e sociedade. Investir em prevenção e proteção pode significar a diferença entre a vida e a morte em situações de risco.

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