Soldado confessa que matou colega de farda e detalhes do caso são expostos

Morte de cabo Maria de Lourdes Freire Matos causa comoção em unidade militar

O crime aconteceu dentro do quartel e gerou comoção entre colegas e autoridades. A morte da cabo Maria de Lourdes Freire Matos, de 25 anos, na unidade militar do Setor Militar Urbano, levou autoridades civis e militares a instaurarem uma investigação conjunta para esclarecer os fatos.

O episódio ocorreu na tarde de sexta-feira (5/12) no 1º Regimento de Cavalaria de Guardas, local onde a militar atuava havia poucos meses, desempenhando funções ligadas à área de música. A jovem, que havia ingressado recentemente no Exército, era reconhecida por sua dedicação e concentração na formação.

O caso veio à tona quando equipes de segurança foram acionadas diante de um incêndio na área da fanfarra do regimento. No combate às chamas, militares encontraram a cabo desacordada. A Polícia Civil foi chamada e, a partir dos primeiros levantamentos, passou a trabalhar com a hipótese de que ela havia sido vítima de um ato intencional cometido dentro da própria instituição.

O soldado Kelvin Barros da Silva, de 21 anos, foi apontado como suspeito após ter sido visto com a colega pouco antes do ocorrido. Segundo a polícia, ele admitiu envolvimento na morte, relatando que mantinha um relacionamento não oficial com a vítima e que uma discussão antecedeu o evento.

De acordo com os investigadores, o desentendimento teria sido motivado por cobranças pessoais e escalado rapidamente. O soldado reagiu de maneira impulsiva e, após o ocorrido, deixou o local tentando se desfazer de pertences que poderiam ser analisados pela perícia.

O Exército informou que o militar permanece detido sob custódia da própria corporação e responderá pelos atos conforme a legislação vigente. A instituição também garantiu que a família de Maria de Lourdes está recebendo suporte emocional e administrativo.

Perícias foram iniciadas pelo Batalhão de Polícia do Exército, em conjunto com especialistas civis, para reconstruir a dinâmica do ocorrido. A morte da jovem cabo causou profunda comoção entre colegas de farda, que destacaram seu comprometimento e postura exemplar durante os meses de serviço.

O episódio reacende debates sobre convivência, saúde emocional e prevenção de conflitos em ambientes institucionais. Especialistas ressaltam a importância de protocolos de apoio psicológico e acompanhamento contínuo dentro das Forças Armadas, visando prevenir tragédias e garantir o bem-estar dos militares.

Além disso, o caso evidencia a necessidade de medidas institucionais para lidar com conflitos interpessoais, incentivando a comunicação, o acolhimento e a intervenção precoce quando surgem tensões que possam colocar a segurança de servidores em risco.

A repercussão do ocorrido reforça também a importância de treinamento e conscientização sobre gestão de conflitos, respeito mútuo e responsabilidade emocional, fatores essenciais para manter um ambiente saudável e seguro em instituições militares.

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