Taxista e passageira morrem em colisão frontal com caminhão na BR-470 em SC

Colisão na BR-470 deixa duas vítimas fatais e escancara fragilidade das rodovias brasileiras

O acidente aconteceu nesta sexta-feira, dia 4 de abril.

As rodovias brasileiras, infelizmente, continuam sendo palco de tragédias diárias. Acidentes graves, principalmente em estradas federais, são frequentemente provocados por uma combinação perigosa: excesso de velocidade, ultrapassagens imprudentes, infraestrutura precária e longas jornadas de trabalho ao volante. Essa mistura explosiva transforma o asfalto em cenário de vidas interrompidas.

Medidas como fiscalização rigorosa, campanhas educativas, manutenção constante das vias e sinalização eficiente são urgentes e imprescindíveis para mudar esse panorama. Na tarde desta sexta-feira, dia 4 de abril, mais uma tragédia foi registrada na BR-470, uma das principais rotas de Santa Catarina.

Por volta das 14h45, na localidade de Pouso da Caixa, em Trombudo Central, um carro de passeio colidiu frontalmente com um caminhão carregado com ferro. O impacto foi devastador. Os dois ocupantes do automóvel morreram na hora, tamanha foi a violência da batida.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros Militar, as vítimas – o motorista, ainda não identificado por estar sem documentos, e uma mulher de 39 anos – ficaram presas às ferragens. As equipes de resgate precisaram utilizar técnicas de desencarceramento para acessar o interior do veículo, onde os corpos foram lançados com força.

A colisão também causou um risco iminente de explosão: a carga de ferro do caminhão foi projetada contra o tanque de diesel, provocando vazamento de combustível. A rodovia precisou ser totalmente interditada para que equipes realizassem a limpeza da pista e a aplicação de cal, evitando maiores danos ambientais ou acidentes secundários.

O condutor do caminhão saiu ileso e recusou atendimento médico no local. Mais do que simples estatísticas, cada acidente como esse representa lares desfeitos, vidas perdidas e o peso da dor para famílias que jamais serão as mesmas.

É preciso reforçar que segurança viária não pode ser tratada apenas como uma obrigação técnica, mas como uma política pública central. Enquanto a cultura do excesso, da pressa e da negligência prevalecer, acidentes fatais continuarão se repetindo, ceifando vidas que poderiam ter sido preservadas.

A situação da BR-470 é um exemplo do quanto a infraestrutura rodoviária brasileira clama por investimentos e modernização. É uma via estratégica, com intenso fluxo de caminhões e veículos de passeio, mas que carece de duplicações, sinalização adequada e sistemas de monitoramento em tempo real.

Que essa nova tragédia não seja apenas mais uma manchete esquecida. Que sirva de alerta e pressão para que autoridades e sociedade civil priorizem ações concretas. A preservação da vida deve estar acima de qualquer economia de tempo ou corte de gastos. Afinal, nenhuma carga, compromisso ou urgência justifica o preço de uma vida perdida.

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