‘Um vídeo estragou tudo’, diz mãe presa por suspeita de abusar da própria filha de 3 anos

Mãe e padrasto são presos por abuso sexual de criança de 3 anos em Ribeirão Preto (SP)

A prisão de uma mãe acusada de abuso sexual contra a própria filha, de apenas 3 anos, causou forte indignação e revolta nas redes sociais. O caso ocorreu em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, e está sendo investigado pela Polícia Civil.

Leiliane Vitória Oliva Coelho e o marido, Andrey Gabriel Eduardo Bento Zancarli, foram presos sob acusação de abuso sexual contra a criança. Na chegada à delegacia, Leiliane afirmou estar arrependida e fez um breve desabafo. “Eu amo a minha filha, não sei o que deu em mim. Um vídeo estragou tudo. Uma coisa ruim que você faz anula todas as coisas boas. Eu mereço tudo o que vier”, declarou.

De acordo com a Polícia Civil, o casal produzia vídeos com conteúdo criminoso envolvendo a criança, com o objetivo de satisfazer interesses pessoais. A polícia não divulgou detalhes sobre o material apreendido, a fim de preservar a vítima.

A delegada Michela Ragazzi informou que a criança passará por exame de corpo de delito e que os arquivos apreendidos serão submetidos à perícia técnica. O casal deve responder pelo crime de estupro de vulnerável, cuja tipificação, conforme a legislação brasileira, não exige conjunção carnal, podendo ser configurada por outros atos de natureza sexual envolvendo menores.

O crime chegou ao conhecimento das autoridades após denúncia feita por um amante de Leiliane, que mantinha um relacionamento extraconjugal com a suspeita. Segundo a investigação, o homem encontrou o material criminoso no celular da mulher e, após visualizar o conteúdo, procurou imediatamente a polícia.

Após a denúncia, equipes policiais foram até a residência do casal, onde encontraram Andrey sozinho com a criança vítima e outro bebê de 4 meses, filho do casal. Leiliane foi presa posteriormente em seu local de trabalho. Aparelhos eletrônicos pertencentes aos dois foram apreendidos e encaminhados para análise pericial.

Em depoimento, o casal confirmou que trocava mensagens de cunho sexual, mas negou ter submetido a criança a atos libidinosos diretos. A Polícia Civil, no entanto, segue investigando o caso com base no material apreendido e nos laudos técnicos.

Especialistas ressaltam que crimes dessa natureza causam danos psicológicos profundos e duradouros às vítimas, exigindo acompanhamento especializado e proteção integral da criança. O caso reforça a importância de denúncias rápidas e da atuação rigorosa das autoridades.

Conselhos tutelares e órgãos de proteção à infância alertam que qualquer suspeita de abuso deve ser imediatamente comunicada às autoridades, pois a omissão pode prolongar o sofrimento da vítima. A denúncia é essencial para interromper ciclos de violência e garantir a segurança da criança.

Enquanto o processo segue em andamento, o caso provoca ampla comoção e reacende o debate sobre a necessidade de vigilância, prevenção e fortalecimento das políticas públicas de proteção a crianças e adolescentes.

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