Vizinha conta o que viu dentro da casa de cuidadora onde bebê morreu enforcada e detalhe assusta

Morte de bebê em Ceilândia é investigada e levanta debate sobre segurança sob cuidados de terceiros

O caso segue sob investigação e tem provocado ampla comoção. A segurança de crianças pequenas sob cuidados de terceiros é um tema que frequentemente mobiliza debates, sobretudo quando episódios inesperados e dolorosos ocorrem mesmo diante de escolhas baseadas em confiança e recomendações positivas.

Dados de entidades ligadas à infância indicam que acidentes em ambientes domésticos ou sob supervisão não familiar são mais comuns do que se imagina. Em muitas situações, a linha entre o imprevisível e a negligência é tênue, o que exige apuração criteriosa por parte das autoridades.

Nesta quinta-feira (11), a morte da pequena Laura Rebeca Ribeiro dos Santos, de apenas 1 ano e 4 meses, em Ceilândia (DF), gerou forte comoção e levantou questionamentos sobre os cuidados prestados durante sua permanência com uma cuidadora particular.

Segundo informações preliminares, Laura foi deixada na residência da profissional pela primeira vez, enquanto a mãe cumpria compromissos de trabalho. Até então, a criança costumava ficar sob os cuidados de familiares, mas, diante da impossibilidade naquele dia, a família recorreu a uma indicação.

De acordo com uma vizinha e amiga da cuidadora, a profissional atuava de forma particular havia cerca de três anos e nunca havia se envolvido em incidentes semelhantes. A moradora relatou que a cuidadora e o marido estão profundamente abalados e que o episódio causou forte impacto emocional.

“Os socorristas tentaram por mais de uma hora. Foi quando começou a sair sangue do nariz e da boca dela. A cuidadora só chora e diz, o tempo todo, que a vida dela acabou. O marido também está muito abatido”, relatou a vizinha, identificada como Vanda.

Ainda conforme o relato, Laura teria sido colocada para dormir em um bebê conforto e, após cerca de duas horas sem despertar, a cuidadora foi verificar a situação, encontrando a criança já em estado crítico.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e realizou manobras de reanimação por mais de uma hora, mas a equipe médica constatou o óbito ainda no local. A área foi isolada pela Polícia Militar até a chegada da Polícia Civil, que conduz a investigação por meio da 24ª Delegacia de Polícia.

A família da bebê, por sua vez, manifestou indignação. Em publicação nas redes sociais, uma tia apontou negligência, questionando o tempo em que a criança permaneceu sem supervisão direta enquanto dormia. A dor foi intensificada pelo fato de aquele ter sido o primeiro dia de Laura no local.

Casos como este reforçam a necessidade de atenção redobrada em ambientes de acolhimento infantil, mesmo quando há boas referências. Especialistas alertam que dispositivos como bebê conforto não devem ser utilizados como local de descanso fora do transporte e sempre exigem supervisão constante.

Além disso, o episódio reacende o debate sobre qualificação, fiscalização e protocolos de segurança para cuidadores que atuam em residências, sobretudo quando o atendimento envolve a primeira infância, fase marcada por extrema vulnerabilidade e dependência total de adultos responsáveis.

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