“Os ossos da minha face estão quebrados”, relata mulher que foi atacada em elevador
Juliana Garcia detalha agressão e emociona ao relatar luta por justiça e recuperação
Em uma entrevista comovente concedida ao programa Domingo Espetacular, Juliana Garcia, de 35 anos, compartilhou pela primeira vez os horrores vividos durante uma agressão brutal que sofreu há uma semana, no dia 3 de agosto, em Natal, no Rio Grande do Norte. Corajosamente, ela falou sobre a dor física e emocional, bem como sobre o longo caminho que terá pela frente para reconstruir sua vida.
Promotora de vendas, Juliana teve sua rotina interrompida de forma drástica quando foi violentamente espancada pelo ex-namorado, Igor Cabral. A agressão ocorreu dentro de um elevador e durou exatos 36 segundos – tempo suficiente para causar danos profundos. “Os ossos da minha face estão quebrados”, relatou, visivelmente abalada. Ela levou diversos socos e, mesmo com as fraturas, conseguiu reunir forças para pedir socorro.
Durante a entrevista, Juliana revelou detalhes do relacionamento abusivo que manteve com Igor. Segundo ela, o comportamento controlador do agressor era mascarado sob o pretexto de um “amor protetor”. Antes da agressão que quase lhe tirou a vida, ele já havia empurrado Juliana e quebrado dois de seus celulares durante discussões. O episódio no elevador foi desencadeado por mais uma crise de ciúmes, após Igor jogar o celular recém-comprado da vítima na piscina.
A solidariedade, entretanto, tem sido um bálsamo em meio ao sofrimento. Uma vaquinha virtual foi criada para custear os tratamentos médicos de Juliana, e diversos profissionais de saúde se mobilizaram, oferecendo apoio gratuito para as cirurgias de reconstrução facial. Emocionada, ela agradeceu pelas manifestações de carinho que tem recebido de todo o Brasil.
Juliana agora se torna símbolo de resistência e coragem, ao expor um problema que atinge milhares de mulheres todos os anos: a violência doméstica. Seu depoimento não apenas dá visibilidade ao tema, como também encoraja outras vítimas a denunciarem os abusos que sofrem em silêncio.
Enquanto aguarda a cirurgia reparadora, Juliana tenta reunir forças dia após dia. Apesar da dor, ela afirma que não perdeu a fé na vida. “Vai passar”, disse, com a voz firme. Sua esperança em tempos melhores tem sido uma inspiração para muitas outras mulheres.
Especialistas ouvidos pelo programa destacaram que o caso de Juliana exemplifica como o ciclo da violência costuma escalar, começando com controle emocional e pequenas agressões, até chegar a situações extremas como a que ela viveu. É fundamental que a sociedade esteja atenta aos sinais e ofereça suporte antes que seja tarde demais.
A história de Juliana Garcia é, acima de tudo, um alerta. Um chamado urgente para que o combate à violência contra a mulher seja levado com seriedade e urgência por todos os setores da sociedade. Que sua dor, transformada em voz, ecoe como resistência e salve vidas.
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