Caso dos corpos encontrados no Rio Cuiabá em horários diferentes intriga a polícia

Duas mortes por afogamento são registradas no Rio Cuiabá durante o domingo

O caso segue sob investigação.
Duas ocorrências registradas ao longo do domingo (5 de outubro) chamaram a atenção das autoridades em Cuiabá (MT), após a confirmação de duas mortes por suspeita de afogamento nas margens do Rio Cuiabá. Os episódios, ocorridos em momentos distintos do dia, mobilizaram equipes do Corpo de Bombeiros Militar e da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), que atuaram na localização e retirada dos corpos.

O primeiro chamado foi atendido por volta das 7h30 da manhã, quando pescadores localizaram o corpo de um homem de 34 anos, ainda sem identidade divulgada, próximo à margem do rio. Segundo testemunhas, ele havia passado o dia anterior no local em companhia de amigos, consumindo bebidas alcoólicas. No entanto, ao final da tarde, teria permanecido sozinho na beira do rio. Horas depois, foi encontrado sem vida, e o corpo acabou sendo retirado da água pelos próprios pescadores, antes da chegada dos bombeiros.

Pouco tempo depois, uma nova ocorrência foi registrada na região do Porto, também às margens do Rio Cuiabá. Testemunhas relataram ter visto um homem de 36 anos próximo ao píer, momentos antes de desaparecer na água. Assim que acionados, os bombeiros iniciaram as buscas e localizaram o corpo submerso, realizando o resgate e encaminhando-o à equipe da Politec para os procedimentos periciais e identificação oficial.

As causas exatas das duas mortes ainda estão sob apuração, e não há confirmação se os casos estão relacionados ao consumo de álcool ou a fatores ambientais, como a força da correnteza. O Rio Cuiabá, conhecido por sua profundidade irregular e pela correnteza intensa, é um dos principais pontos de lazer da região, mas também figura entre os locais com maior incidência de afogamentos no estado.

Segundo o Corpo de Bombeiros, muitos acidentes poderiam ser evitados com medidas simples de prevenção, como o uso de coletes salva-vidas, a presença de acompanhantes e a restrição do consumo de bebidas alcoólicas antes de entrar na água. Em diversos trechos, a aparência calma do rio pode enganar, escondendo redemoinhos e buracos profundos que dificultam o retorno à superfície.

A população ribeirinha lamentou as mortes e reforçou o pedido por sinalização adequada e campanhas educativas permanentes, especialmente durante fins de semana e feriados prolongados, quando o movimento de banhistas e pescadores aumenta consideravelmente. Para muitos moradores, a falta de conscientização e a imprudência continuam sendo os principais fatores de risco.

Autoridades ambientais e municipais também estudam a instalação de pontos de monitoramento e faixas de alerta nas áreas mais críticas do rio, como forma de reduzir o número de ocorrências fatais. A integração entre poder público, pescadores locais e órgãos de resgate é vista como essencial para construir uma cultura de segurança nos espaços naturais da região.

Enquanto os laudos periciais não são concluídos, as famílias das vítimas aguardam com tristeza a confirmação oficial das identidades e os procedimentos de liberação dos corpos. As tragédias servem de alerta para o risco real representado pelos rios da região, lembrando que o lazer deve sempre vir acompanhado de prudência, atenção e respeito aos limites da natureza.

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