“Não vi que ela estava ali”: homem que atropelou e arrastou ex-namorada presta depoimento
O criminoso Douglas Alves da Silva, de 26 anos, foi preso em flagrante no último domingo pela Polícia de São Paulo, acusado de tentativa de feminicídio contra a ex-namorada, Tainara. O crime foi registrado por câmeras de segurança e por testemunhas que presenciaram o atropelamento intencional seguido do arrastamento da vítima por vários quilômetros.
Tainara sofreu múltiplos ferimentos graves e precisou ter ambas as pernas amputadas. Desde o ocorrido, ela já passou por quatro cirurgias, permanecendo sob cuidados médicos, mas com quadro considerado estável.
Após a prisão, Douglas prestou depoimento à polícia e apresentou versões contraditórias. Ele alegou que não sabia que estava arrastando a vítima e afirmou não conhecer Tainara. Segundo ele, teria deixado o bar às pressas após uma discussão entre um amigo e um homem, supostamente companheiro da vítima. A narrativa, entretanto, foi desmentida pelo próprio amigo e por testemunhas presentes no local.
Douglas afirmou ainda que continuou acelerando por não perceber que a vítima estava presa sob o carro e que só parou após populares começarem a buzinar. Ele revelou ter fugido por medo de ser linchado, escondendo o veículo na casa de um ex-sogro e se hospedando em um hotel. Todas essas alegações foram confrontadas pelas filmagens de câmeras de segurança, que mostraram o momento em que ele discutia com Tainara antes do atropelamento.
O agressor declarou estar arrependido, mas suas versões contraditórias reforçam a gravidade do caso e a frieza do ato cometido. A investigação segue em andamento, com autoridades coletando depoimentos, imagens e provas para instruir o processo judicial.
O caso reacendeu debates sobre violência contra mulheres e medidas de prevenção de feminicídios, destacando a necessidade de conscientização e proteção efetiva para vítimas em relacionamentos de risco. Especialistas alertam que atos como esse não são isolados e demandam resposta rápida do sistema de justiça e da sociedade.
Além disso, o episódio evidencia a importância de campanhas educativas e programas de acompanhamento psicológico para evitar que situações de conflito escalem para crimes graves. A atuação de testemunhas e o registro por câmeras de segurança foram fundamentais para esclarecer a dinâmica do crime e desmentir versões falsas apresentadas pelo agressor.
O crime também reforça a urgência de políticas públicas voltadas à proteção das mulheres, incluindo mecanismos de denúncia eficazes, orientação jurídica e suporte médico e psicológico imediato, a fim de reduzir os impactos de ataques violentos e assegurar que os responsáveis sejam responsabilizados.
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