Ciclista de 21 anos perde a vida após ser atropelado por caminhão em SC

Jovem ciclista morre atropelado por caminhão em rodovia de Santa Catarina

O acidente ocorreu na manhã desta quinta-feira, 26 de junho, na SC-415, entre Araquari e Balneário Barra do Sul, no litoral norte de Santa Catarina. A vítima, um jovem ciclista de apenas 21 anos, perdeu a vida após ser atingido por um caminhão, em mais um caso que escancara os riscos enfrentados por quem se desloca de bicicleta em rodovias brasileiras.

De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar, a ocorrência foi registrada por volta das 6h50. Ao chegarem ao local, os socorristas encontraram o jovem caído na pista, já sem sinais vitais. Ele apresentava múltiplos ferimentos graves, incluindo traumatismo craniano e sangramentos extensos, evidenciando a violência do impacto.

O motorista do caminhão, um homem de 55 anos, não se feriu e permaneceu no local, prestando esclarecimentos às autoridades. Equipes da Polícia Militar Rodoviária e da Polícia Científica foram acionadas para realizar a perícia e recolher o corpo da vítima. Até o momento, não foram divulgados detalhes sobre a dinâmica do acidente — se o ciclista trafegava pelo acostamento, pela faixa de rolamento ou tentava atravessar a via no momento da colisão.

A SC-415 é uma rodovia de tráfego intenso e, como tantas outras no país, carece de infraestrutura adequada para o trânsito seguro de bicicletas. A ausência de ciclovias, aliada à alta velocidade dos veículos pesados, torna o deslocamento de ciclistas um ato arriscado, mesmo em trajetos curtos e aparentemente habituais.

Este tipo de tragédia é recorrente em regiões onde a bicicleta ainda é, para muitos, o único meio de transporte viável. Jovens, trabalhadores e estudantes enfrentam diariamente o desafio de dividir espaço com caminhões e carros em estradas sem proteção mínima. Muitas vezes, suas mortes são tratadas como acidentes isolados, quando na verdade fazem parte de um problema estrutural ignorado pelo poder público.

A mobilidade ativa — aquela que depende de força humana, como caminhada e ciclismo — deveria ser incentivada e protegida, não colocada em risco. A falta de planejamento urbano e de investimento em segurança viária para ciclistas contribui diretamente para tragédias como esta, que deixa uma família destruída e uma comunidade em choque.

Além da responsabilização no âmbito do inquérito, o caso deve servir como ponto de partida para repensar as políticas públicas voltadas ao trânsito nas rodovias estaduais. Promover infraestrutura segura para ciclistas não é um luxo, mas uma medida de justiça social, acessibilidade e preservação da vida.

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