Garoto de 9 anos que perdeu a vida no ataque em escola no RS é identificado

Tragédia em escola de Estação (RS) comove comunidade e acende alerta sobre segurança escolar

A tranquilidade da cidade de Estação, no Rio Grande do Sul, foi brutalmente interrompida na manhã desta terça-feira, 8 de julho, com um ato de violência que abalou toda a comunidade escolar. Um atentado dentro da Escola Municipal Maria Nascimento Giacomazzi resultou na morte de um estudante de apenas 9 anos e deixou outras três pessoas feridas — duas alunas e uma professora.

O autor do ataque, um jovem de 16 anos e ex-aluno da instituição, teria entrado no local sob o pretexto de entregar um currículo. Após solicitar o uso do banheiro, ele seguiu até uma sala onde estavam alunos do 3º ano do ensino fundamental e, segundo relatos, utilizou artefatos sonoros para desviar a atenção antes de cometer o ato violento.

A vítima fatal foi identificada como Vitor André Kungel Gambirazi, de 9 anos. A prefeitura de Estação, profundamente abalada, publicou uma nota oficial homenageando o menino e ressaltando sua presença marcante na escola. A Câmara de Vereadores também manifestou solidariedade à família, que agora enfrenta uma perda irreparável. O velório será realizado na Capela Velatória Gruber, e o sepultamento ocorrerá no Cemitério Municipal de Getúlio Vargas.

As demais vítimas foram prontamente socorridas. Uma das meninas feridas já recebeu alta, enquanto a outra, com lesões mais graves, foi transferida para Erechim, onde passará por cirurgia. A professora atingida segue internada no Hospital Santa Terezinha, na própria cidade. Em resposta ao ocorrido, a prefeitura decretou a suspensão das aulas em toda a rede municipal por tempo indeterminado.

Moradores da cidade, que tem cerca de 6 mil habitantes, estão desolados diante de um episódio considerado inconcebível. Muitos se uniram espontaneamente no entorno da escola para prestar apoio, deixar mensagens e participar de vigílias silenciosas em memória de Vitor e em solidariedade às demais vítimas.

O agressor foi imobilizado por moradores ainda dentro da escola e levado pela polícia. Segundo informações, ele era conhecido na comunidade e já havia frequentado a instituição. As investigações agora buscam entender as motivações por trás do ataque, além de esclarecer se houve falhas nos protocolos de segurança que permitiram seu acesso ao ambiente escolar.

Esse episódio trágico reforça a necessidade urgente de um debate nacional sobre segurança nas escolas. Mais do que portões fechados, é preciso repensar políticas públicas que envolvam escuta ativa, saúde mental, prevenção à violência e integração entre escolas, famílias e órgãos competentes. As instituições educacionais devem ser espaços de acolhimento e aprendizado — nunca de medo.

É também essencial que o poder público invista em estratégias de proteção efetiva, como a capacitação de equipes escolares para lidar com situações de risco, a presença de profissionais de apoio psicológico e a construção de ambientes seguros física e emocionalmente. O luto de Estação é o luto de todo um país que precisa reagir com responsabilidade e sensibilidade.

Que a memória de Vitor André seja preservada com respeito, e que sua partida tão precoce sirva como marco para mudanças concretas. A dor que hoje envolve a comunidade não pode ser em vão — ela deve mobilizar ações que garantam o direito fundamental à vida e à segurança dentro de cada sala de aula.

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