Identificada a PM e mãe de três crianças que foi morta por companheiro
O caso chocante segue sob investigação e continua repercutindo intensamente na região.
O trágico episódio envolvendo dois policiais militares do estado do Ceará abalou a cidade de Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza, na tarde desta quarta-feira (3). A policial militar Larissa Gomes da Silva, de 26 anos, morreu após ser baleada durante uma discussão com o companheiro, o também policial Joaquim Filho.
Segundo apurações iniciais, o conflito teve início dentro do carro do casal, logo após Joaquim buscar Larissa no trabalho. O desentendimento rapidamente escalou, levando ambos a sacar as armas da corporação e trocar tiros em plena via pública, em plena luz do dia.
Larissa foi atingida no abdômen e no tórax. Apesar de ser socorrida e levada à UPA do Eusébio, ela não resistiu aos ferimentos. Joaquim, por sua vez, foi baleado na perna e encaminhado posteriormente ao Instituto Doutor José Frota (IJF). De acordo com a Polícia Militar do Ceará (PMCE), ele permanece internado sob escolta policial, em estado de saúde estável.
As duas armas utilizadas na troca de tiros foram apreendidas e encaminhadas para análise, como parte da investigação conduzida pela Coordenadoria de Polícia Judiciária Militar e Disciplina. As autoridades ainda avaliam se o caso será tratado como feminicídio ou como homicídio culposo. A PMCE afirmou apenas que a agente foi vítima de uma “lesão decorrente de uma possível discussão conjugal”.
Larissa havia ingressado na PMCE em junho de 2022 e atuava na 1ª Companhia do 15º Batalhão. Conhecida por sua dedicação, responsabilidade e disciplina, a policial também era mãe de três filhos pequenos, de um relacionamento anterior. A morte precoce da jovem militar gerou forte comoção entre colegas e nas redes sociais.
Em nota oficial, a PMCE prestou homenagem à soldado, destacando seu compromisso com a corporação e o carinho com que exercia sua função. O subcomandante do 15º Batalhão, capitão Felipe Amorim, descreveu Larissa como “sonhadora, dedicada, assídua, companheira e camarada”. A corporação informou que está oferecendo apoio à família da policial.
O caso permanece sob investigação, e a conclusão da apuração deverá definir as responsabilidades criminais. Enquanto isso, a comunidade lamenta a perda de uma jovem profissional, em um episódio que combina violência doméstica, tragédia e profundas marcas para a família e para a corporação.
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