Identificada jovem que morreu ao ser arrastada por enxurrada

O caso chocou a comunidade local.

Chuvas intensas frequentemente expõem fragilidades em áreas urbanas com infraestrutura precária, e foi justamente em uma dessas situações que uma jovem de 26 anos perdeu a vida em Hortolândia, no interior de São Paulo.

Na noite deste último domingo (23), durante um forte temporal que atingiu o bairro Jardim Nossa Senhora de Lourdes, o carro da vítima foi arrastado por uma enxurrada enquanto ela tentava atravessar uma rua alagada.

O episódio, marcado pela mobilização de moradores que tentaram ajudá-la, reacende discussões sobre riscos recorrentes e conhecidos pela comunidade. Testemunhas relataram que Joicilene de Oliveira Pacheco pediu socorro momentos antes de ser levada pela força da água.

Segundo Marcos Costa, um caseiro que estava próximo ao local, ele tentou puxá-la com uma corda, mas não houve tempo suficiente. Desesperada, a jovem se recusou a sair do veículo.

“Ela estava com o vidro aberto, e eu pedi para sair do carro. Ela disse: ‘Eu não sei nadar, não sei nadar’. Falei que a gente ia pegá-la, mas o carro foi girando, indo em direção ao rio. Acabou passando por cima da ponte e ficando submerso”, relatou Marcos, que acompanhou tudo a poucos metros da vítima.

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Outro morador, Wilson Laurenzette, também ouviu os pedidos de socorro e tentou orientar Joicilene antes que a correnteza aumentasse. Segundo os moradores, os alagamentos na região acontecem há mais de dez anos e já foram tema de diversas reclamações formais junto ao poder público.

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Para eles, o problema está relacionado ao acúmulo de água sob a rodovia SP-101 e à linha férrea, pontos que, segundo a comunidade, não possuem escoamento adequado. Qualquer chuva mais intensa seria suficiente para transformar a rua em um trecho perigoso.

A prefeitura informou que contratou um projeto para reformar a ponte sobre o córrego local e que realiza limpeza periódica na área. Ressaltou ainda que as regiões mais críticas estão sob responsabilidade estadual e federal. Enquanto isso, moradores afirmam que seguem esperando por soluções efetivas e alertam que tragédias como essa não podem mais ser tratadas como meros imprevistos.

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