Jovem desperta do coma meses após acidente e presta depoimento revelador que termina em prisão da namorada

Jovem ficou em coma após acidente de carro

Na Flórida, Estados Unidos, um caso que inicialmente parecia apenas um acidente pode, na verdade, ter sido um homicídio intencional. A vítima, um jovem de 22 anos, foi quem fez a denúncia após recobrar a consciência.

A história aconteceu em fevereiro deste ano, durante o Super Bowl, evento que marca o encerramento da temporada do Futebol Americano. Daniel Waterman acabou hospitalizado e passou meses em coma depois de um grave acidente de carro.

Daniel, de 22 anos, estava no veículo com a namorada, Leigha Mumby, de 24, que estava grávida na época. Os dois se envolveram em uma colisão violenta, mas o caso tomou um rumo inesperado meses depois, quando Leigha acabou sendo presa.

Após despertar do coma em maio, Daniel conseguiu se comunicar com os investigadores e revelou uma versão estarrecedora: segundo ele, a namorada teria provocado o acidente de propósito. A confissão do rapaz mudou completamente o rumo das investigações.

De acordo com o depoimento, o casal discutia intensamente no momento da batida, e Leigha teria jogado o carro contra uma árvore. “Não me importo com o que acontecer. Você vai ter o que merece”, teria dito ela segundos antes da colisão, conforme relato do jovem.

A mãe de Daniel, Heather Waterman, contou que o filho conversava com um amigo pelo telefone quando a briga começou. O amigo ouviu parte da discussão e confirmou à polícia que Daniel parecia assustado. A jovem também se feriu no acidente, mas sofreu apenas ferimentos leves — o bebê sobreviveu.

O caso gerou forte comoção local e acendeu discussões sobre relacionamentos abusivos e violência doméstica. Amigos do casal relataram que as brigas entre os dois eram frequentes e que Daniel já havia manifestado o desejo de se afastar, mas temia as reações da parceira. Essa informação reforçou as suspeitas de premeditação por parte de Leigha.

Mesmo após recobrar a consciência, o quadro clínico de Daniel permanecia delicado. O jovem foi transferido para outro hospital especializado, mas não resistiu a uma pneumonia contraída durante a internação, vindo a falecer poucos dias depois.

Com a morte de Daniel, a investigação foi reclassificada. Inicialmente, Leigha havia sido indiciada por direção imprudente com resultado em lesão corporal grave, mas, após o depoimento do rapaz e sua morte confirmada, passou também a responder por homicídio em segundo grau.

O caso ainda segue em andamento na Justiça da Flórida. A família de Daniel, abalada pela tragédia, tenta agora obter a guarda do bebê de poucos meses, enquanto luta para garantir que o legado do filho — um jovem descrito como carinhoso e trabalhador — não seja esquecido.

A comunidade local tem prestado apoio à família, organizando vigílias e campanhas de arrecadação para auxiliar nas despesas legais e médicas. O caso de Daniel e Leigha expõe, mais uma vez, a gravidade da violência emocional e o impacto devastador de relações marcadas pelo controle e pela raiva.

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