Jovem que perdeu a vida em atropelamento; motorista dirigiu por 3 km com corpo sobre o carro é identificada – VÍDEO
O caso ganhou grande repercussão e segue em investigação. Viviane Villalba, de 22 anos, foi identificada como a vítima de um atropelamento ocorrido na madrugada deste domingo (8) na ERS-344, na entrada do município de Giruá, localizado na região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul.
Natural de Pueblo Illia, na província de Misiones, Argentina, Viviane havia se mudado recentemente para o Brasil. Estava morando e trabalhando em uma casa noturna nas proximidades do local do acidente há cerca de duas semanas, tentando construir uma nova vida longe de casa.
O trágico episódio chamou a atenção do país não apenas pela brutalidade do acidente, mas também pelas circunstâncias alarmantes que o cercam. Após atropelar Viviane, o motorista teria continuado dirigindo por aproximadamente três quilômetros sem perceber que o corpo da jovem havia ficado preso ao teto do veículo.
Segundo relatos, ele só se deu conta da presença do corpo ao chegar em casa e estacionar o carro na garagem. Em depoimento à polícia, o condutor afirmou não ter notado o impacto. Localizado algumas horas depois pela Polícia Civil, ele se recusou a fazer o teste do bafômetro no momento da abordagem.
O motorista está sendo investigado por homicídio culposo, ou seja, sem intenção de matar. A delegada responsável pelo caso, Elaine Maria da Silva, informou que a perícia inicial apontou que as lesões no corpo da vítima são compatíveis com o impacto de um atropelamento, sem indícios de outras formas de agressão.
De acordo com os peritos, tudo indica que Viviane morreu ainda no local da colisão. Exames toxicológicos e laudos complementares estão sendo realizados para esclarecer as circunstâncias exatas do ocorrido. O inquérito policial deve ser concluído no prazo de 30 dias.
A comoção em torno do caso também reacende discussões sobre a segurança viária nas estradas estaduais e o uso de substâncias por motoristas. Especialistas apontam que a falta de fiscalização em trechos menos movimentados contribui para tragédias como essa, que poderiam ser evitadas com ações preventivas mais eficazes.
Entidades de direitos humanos e grupos de apoio a imigrantes também têm se manifestado, pedindo celeridade nas investigações e solidariedade à família de Viviane. O caso traz à tona a vulnerabilidade de jovens estrangeiros em situação de trabalho informal em áreas afastadas, muitas vezes sem rede de apoio.
Enquanto isso, as autoridades brasileiras trabalham junto à família da vítima para providenciar os trâmites de repatriação do corpo à Argentina. Até o momento, não há informações sobre a liberação para que os parentes possam realizar o sepultamento e prestar as últimas homenagens.
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