Justiça decreta prisão preventiva do estudante de medicina que tirou a vida de corredora ao dirigir embriagado

Estudante seguirá preso durante inquérito

A Justiça do Mato Grosso do Sul acatou um pedido da Polícia Civil e decretou a prisão preventiva de João Vitor Fonseca Vilela. O jovem, de 22 anos, está detido pela morte de Danielle Oliveira, 41 anos.

O caso aconteceu na manhã do último sábado (15/02). Danielle participava de um treino com um grupo de corredores na MS-010, saída para Rochedinho, em Campo Grande, quando foi atropelada.

Segundo testemunhas, João Vitor dirigia de maneira imprudente, realizando manobras conhecidas como “zigue-zague”. No momento do atropelamento, ele tentava uma ultrapassagem. Além de Danielle, outra corredora também foi atingida.

Danielle chegou a ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu, apesar de quase uma hora de tentativas de reanimação. Sua amiga, que não teve a identidade divulgada, foi encaminhada ao hospital e recebeu alta pouco depois.

Sinais de embriaguez e prisão em flagrante

De acordo com relatos de testemunhas, João apresentava sinais visíveis de embriaguez no momento do acidente. Ele foi preso em flagrante e se recusou a realizar o teste do bafômetro, mas os policiais que atenderam à ocorrência identificaram sintomas de intoxicação alcoólica. Além disso, latas de cerveja foram encontradas dentro do veículo.

Em depoimento à polícia, João declarou que havia saído de uma festa na noite de sexta-feira e, posteriormente, foi para a casa de um amigo. No momento do atropelamento, estaria a caminho de sua residência.

Durante a audiência de custódia, realizada neste domingo, João se emocionou e chorou diante do juiz. Enquanto isso, amigos e colegas de Danielle organizaram um protesto do lado de fora do fórum, exigindo justiça e punição rigorosa para o responsável pelo acidente.

Justiça e investigações

João Vitor é estudante de medicina e natural de Piranhas, em Goiás. Ele havia se mudado para Campo Grande há pouco mais de um mês para dar continuidade aos estudos.

A decisão da Justiça pela prisão preventiva reforça a gravidade do caso. Com isso, João permanecerá detido durante a investigação. O delegado Lucas Caires afirmou que ele responderá pelos crimes de embriaguez ao volante, lesão corporal culposa na direção de um veículo e homicídio culposo qualificado.

O caso reacendeu debates sobre o consumo de álcool e direção, além da vulnerabilidade de pedestres e corredores nas rodovias. Especialistas alertam para a necessidade de fiscalização mais rígida e campanhas educativas para conscientizar motoristas sobre os riscos do trânsito.

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