Luto: Empresária é achada sem vida, no interior de apartamento em Santa Catarina

Um triste episódio de violência doméstica abalou a cidade de Criciúma, no sul de Santa Catarina, na tarde da última segunda-feira (9). Em um apartamento da cidade, uma empresária de 35 anos foi encontrada morta com um ferimento de arma de fogo no peito. O filho dela, uma criança de apenas seis anos, estava no imóvel no momento do crime.

De acordo com a Polícia Militar, o principal suspeito é o ex-companheiro da vítima, que também foi encontrado no local com um tiro na cabeça. Ele chegou a ser socorrido e levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. As autoridades trabalham com a hipótese de feminicídio seguido de suicídio.

O crime foi registrado por volta das 18h15, após vizinhos ouvirem gritos e acionarem o socorro. Ao entrarem no apartamento, os policiais se depararam com uma cena devastadora: a mulher já sem vida, sentada no sofá da sala, e o ex-companheiro caído ao chão, ferido. A criança, embora ilesa fisicamente, estava presente durante toda a ocorrência e pode ter testemunhado a tragédia.

A arma usada foi encontrada ao lado do suspeito e recolhida para perícia. A criança foi entregue ao pai biológico, que agora assume sua guarda. A vítima era proprietária de um estúdio de beleza e muito conhecida na região. Ativa nas redes sociais, compartilhava momentos do cotidiano e do trabalho, sendo lembrada por amigos e clientes por sua simpatia e determinação.

A cerimônia de despedida foi marcada para o dia seguinte, no Cemitério Santa Luzia, onde familiares e amigos se reuniram para prestar as últimas homenagens. O caso gerou grande comoção na cidade e reacendeu debates sobre a crescente violência de gênero no Brasil.

Infelizmente, o país figura entre os que mais registram feminicídios no mundo, segundo dados recentes de organizações nacionais e internacionais. Especialistas apontam que o ciclo de violência tende a se agravar quando não há mecanismos eficazes de acolhimento e proteção às mulheres em situação de risco — e que as medidas protetivas, muitas vezes, não são suficientes diante da reincidência dos agressores.

Além da perda irreparável, fica o trauma psicológico para a criança, que poderá precisar de acompanhamento especializado. O impacto emocional de presenciar um crime tão brutal na infância pode ter efeitos duradouros, e reforça a importância de políticas públicas voltadas à proteção de menores expostos à violência doméstica.

Casos como este mostram que combater o feminicídio exige mais do que punição: é necessário investir em prevenção, conscientização social e apoio às vítimas e suas famílias. A história dessa empresária, como a de tantas outras mulheres brasileiras, não pode ser apenas mais um número nas estatísticas. É um chamado à ação urgente.

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