Nove universitários que desapareceram são encontrados em condições extremamente cruéis ; polícia detalha o caso
Caso dos universitários assassinados no México choca o país; investigações continuam
A descoberta dos corpos de nove jovens universitários às margens de uma rodovia no sul do México trouxe um novo capítulo sombrio para a crescente onda de violência no país. As vítimas, quatro mulheres e cinco homens, foram encontradas esquartejadas na divisa entre os estados de Puebla e Oaxaca, após desaparecerem durante uma viagem de férias.
Os restos mortais foram localizados no porta-malas de um Volkswagen Vento cinza escuro e sob uma lona ensanguentada. Além disso, uma bolsa contendo oito pares de mãos foi deixada no local, com mais duas mãos dentro do carro, evidenciando a brutalidade do crime. Todos os corpos apresentavam ferimentos de bala e sinais claros de tortura.
As vítimas, com idades entre 19 e 30 anos, eram originárias de Tlaxcala e foram vistas pela última vez no dia 27 de fevereiro, quando partiram rumo às praias de Oaxaca. Entre os identificados estão Angie Lizeth, Leslie, Brenda Mariel, Jacqueline Ailet, Noemi Yamileth, Raul Emmanuel, Ruben Antonio e Rolando Armando.
Até o momento, nenhuma prisão foi realizada, e as autoridades ainda não divulgaram suspeitos. O Gabinete do Procurador-Geral de Puebla informou que trabalha em conjunto com as promotorias de Tlaxcala e Oaxaca para identificar os responsáveis.
O crime gerou indignação e reforçou a preocupação com a escalada da violência no México. O país registrou cerca de 30 mil homicídios em 2023, e muitos desses casos estão relacionados ao tráfico de drogas e disputas entre cartéis. A chacina dos universitários reacendeu debates sobre a segurança pública e a impunidade, destacando a dificuldade das autoridades em conter os grupos criminosos.
Familiares e amigos das vítimas exigem justiça e respostas rápidas das investigações. Protestos e manifestações começaram a surgir em Tlaxcala e outras regiões, pedindo maior segurança e punição rigorosa para os responsáveis. Enquanto isso, a população segue acompanhando o caso com apreensão, temendo que mais crimes como esse se tornem rotina no país.
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