Quatro pessoas perdem a vida e são identificadas após retroescavadeira se desprender de caminhão na BR-222

Tragédia na BR-222: quatro membros de motoclube morrem após acidente com retroescavadeira no Pará

Na tarde do último domingo, 6 de julho, uma tragédia abalou a região sudeste do Pará: quatro pessoas morreram em um grave acidente envolvendo uma retroescavadeira que se desprendeu de um caminhão-prancha na BR-222, em uma curva perigosa conhecida como “Sete Cruz”.

As vítimas eram integrantes do motoclube Forasteiros e seguiam viagem de Marabá para participar de um evento motociclístico em Rondon do Pará. O caminhão que transportava a máquina pesada passava pelo mesmo trecho quando, por motivos ainda sob investigação, a carga se soltou e atingiu violentamente as três motocicletas do grupo.

O impacto foi devastador. Caio Leonardo de Souza Gonçalves, servidor público de 36 anos, e Erisvan Bezerra da Silva, sargento reformado da Polícia Militar, de 53, morreram no local. Ambos pilotavam suas motos quando foram atingidos e não resistiram às queimaduras causadas após o choque.

Em outra motocicleta estava o jovem casal Beatriz Teixeira Cardoso, de 21 anos, e Dorivan Soares, de 24. Recém-casados, os dois também foram atingidos pela retroescavadeira. Dorivan morreu na hora, enquanto Beatriz chegou a ser socorrida, mas faleceu pouco depois devido à gravidade dos ferimentos.

A tragédia gerou comoção em Marabá, onde todos os quatro residiam. O motoclube Forasteiros decretou luto oficial e publicou homenagens emocionadas aos colegas. As cerimônias de despedida ocorreram nesta segunda-feira, 7 de julho, e reuniram familiares, amigos e outros membros da comunidade motociclista da região.

As autoridades investigam agora as causas do acidente. Um dos principais pontos de apuração é a amarração da retroescavadeira, que pode não ter seguido os padrões exigidos por lei. A Polícia Rodoviária Federal informou que está analisando imagens captadas pelas quatro câmeras instaladas no caminhão, além de ouvir depoimentos de envolvidos e testemunhas.

Há também a hipótese de que um terceiro veículo, ao realizar uma manobra brusca, possa ter desestabilizado o caminhão-prancha, contribuindo para o desprendimento da carga. O trecho onde o acidente aconteceu é conhecido por seu histórico de ocorrências e pela dificuldade de visibilidade nas curvas.

A tragédia levanta questionamentos importantes sobre a fiscalização de cargas pesadas nas rodovias brasileiras. Casos como este evidenciam que a negligência na amarração de equipamentos pode ter consequências irreversíveis, e exigem ações mais rigorosas por parte das autoridades de trânsito e transporte.

Além da dor da perda, resta à comunidade o clamor por justiça e mais segurança. Familiares e amigos pedem providências urgentes para que tragédias como essa não voltem a se repetir. “Eles saíram para celebrar a vida e encontraram a morte por uma irresponsabilidade”, declarou um membro do motoclube, visivelmente emocionado.

A memória de Caio, Erisvan, Dorivan e Beatriz agora se torna símbolo de luta por estradas mais seguras e fiscalização eficiente, para que outras famílias não tenham de enfrentar a mesma dor. O caso seguirá sob apuração e, segundo as autoridades, um laudo pericial completo deve ser divulgado nos próximos dias.

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