Querida manicure de 24 anos que foi morta pelo ex por motivo banal é identificada

Violência contra a mulher faz mais uma vítima: Bruna Rafaela é assassinada pelo ex-companheiro em Rio Claro

Na última terça-feira, 22 de julho, o Brasil testemunhou mais um episódio trágico de feminicídio. Bruna Rafaela Rocha Félix, de apenas 24 anos, foi brutalmente assassinada em uma viela no município de Rio Claro, interior de São Paulo. A jovem foi atacada com diversos golpes de faca desferidos por seu ex-namorado, Weslley Natalino Farias, de 23 anos, que não aceitava o fim do relacionamento.

Bruna era descrita por amigos e familiares como uma jovem alegre, determinada e cheia de sonhos. Trabalhava para se sustentar e havia ingressado na faculdade de Direito. Mesmo tendo interrompido os estudos por questões financeiras, continuava lutando por um futuro melhor. Morava sozinha desde a morte do pai e mantinha uma rotina independente, o que era motivo de admiração entre os que a conheciam.

Após o término do relacionamento, Weslley passou a persegui-la e ameaçá-la com frequência. Com histórico de violência doméstica e outros delitos, ele já havia demonstrado comportamentos possessivos e agressivos. Na noite do crime, surpreendeu Bruna e a atacou com extrema violência, ferindo suas costas, pescoço e braços. Mesmo tentando se defender, a jovem não resistiu aos ferimentos.

Logo após o crime, o agressor foi localizado nas proximidades e confessou o assassinato. A Polícia Militar encontrou a faca usada no crime e roupas sujas de sangue. Ele foi preso em flagrante e permanece detido após audiência de custódia. O caso gerou comoção na cidade e reacendeu o debate sobre o feminicídio no Brasil.

O assassinato de Bruna não foi um caso isolado. Em 2024, mais de 1.450 mulheres foram vítimas de feminicídio no país — uma média de quatro mulheres mortas por dia por seus companheiros ou ex-companheiros. Atrás de cada número, há uma história interrompida, uma vida cheia de planos, sonhos e afeto, apagada pela violência de quem dizia amar.

Especialistas alertam que o ciclo de violência raramente começa com agressões físicas. O controle, o isolamento, as ameaças e o abuso psicológico são sinais perigosos que precisam ser levados a sério. Muitas mulheres, como Bruna, enfrentam dificuldades para obter apoio efetivo, seja por medo, vergonha ou pela ausência de uma rede de proteção eficiente.

O caso de Bruna deve servir de alerta e de impulso para ações mais concretas no combate à violência de gênero. Leis existem, mas sua aplicação precisa ser reforçada, e as políticas públicas, ampliadas. Proteger a vida das mulheres passa por investimento em educação, acolhimento, denúncia segura e justiça ágil. O silêncio, nesses casos, custa vidas.

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